"Minhas primeiras memórias envolvem ter pessoas me contando mitos gregos de um livro infantil e uma dor, somente uma dor para eu achar a magia por mim própria. Eu procurava por ela em todo lugar e era esmagada toda a vez que não a encontrava. Eu estava certo de que a acharia durante meu sétimo ano porque sete é um número muito mágico. Quando isso passou e eu não a havia achado, eu decidi que nove era três vezes três e tão mágico quanto sete. Sem sorte. Eu fixei minhas últimas esperanças aos doze ou treze, ambos muito mágicos. Quando eles se foram sem eu achar nenhum guarda-roupa que me levaria para Nárnia, ou um buraco pelo qual eu chegaria no País das Maravilhas ou feitiço que me transferiria para o centro da Terra, eu percebi com toda a certeza que eu iria continuar o que eu estive fazendo o tempo todo: fazendo mágica para mim mesma. Então, sim, eu gosto de escrever sobre o sobrenatural ainda que eu adoraria achar um pouco de mágica de verdade para mim." – L. J. Smith

quarta-feira, 18 de abril de 2012

LM - Capítulo Oito

- Capitulo Oito -
Inevitável
Bella POV.
Deixei Damon com Lara a sós, achei que os dois precisavam de um pouco de privacidade para conversar.
As compras com Damon até que não foram ruins.Nunca pensei que uma ida ao shopping pudesse ser tão divertida. Eu até aprendi a andar de salto! Mas não podia deixar de pensar que era totalmente desnecessário, tinha roupas que eu provavelmente nunca iria usar.
Foram saias de todos os tamanhos, maquiagens, saltos, calças, blusas, vestidos e mais um monte de coisas. Acredito que até assustamos alguns vendedores. Acho que foi só uma vingança por não deixá-lo comprar aquele monte de porcarias. Mas a quantidade que ele ia comprar era realmente absurda. Fala serio, ele nem vive de comida humana!
Olhei no relógio, acho que já podia voltar para a mesa. Peguei minha bolsa em cima da pia e sai do banheiro e fui em direção ao restaurante em que estávamos.
Ao chegar em frente ao restaurante percebi que Lara e Damon se divertiam, mas apesar disso eu podia ver que ele estava com os pensamentos focados em algo que o deixava confuso e percebia a pequena tensão acumulada em seus ombros.
Seja lá o que Lara houvesse dito, o deixou confuso.
- Voltei. – anunciei minha chegada enquanto sentava na minha cadeira.
- Que bom, eu estava mesmo querendo falar com você. – falou Lara.
- Sobre o que? – perguntei curiosa.
- Eu quero que vocês dois vão comigo e com meu namorado no Nocturnal – falou animada.
Me virei para o Damon pedindo explicações.
- É uma mistura de bar, restaurante e boate. Você tem o bar e o restaurante dentro  da boate, mas também tem o bar e o restaurante separado da boate. – explicou ele.
- Eu e Damon costumávamos ir muito lá no tempo em que passamos aqui. – disse ela animada. – Agora lá já é mais conhecido, mas continua com aquele jeito familiar mesmo com as batidas da musica ficam vibrando nas paredes.
- Parece bom – disse sorrindo – Só que eu já vou avisando... eu não sei dançar. – falei constrangida.
Damon e Lara se olharam e deram um sorriso enorme um para o outro.
- Pequena B, você pode ter certeza de que isso não será um problema. - disse Lara me dando uma piscadela. Eu só ri pelo novo apelido que eu havia acabado de ganhar.
Seja lá o que significassem aqueles sorrisos, por ora eu preferia não saber.

-x-
Tínhamos acabado de chegar em casa. Eu estava sentada no sofá vendo um seriado qualquer, Damon havia saído a poucos minutos dizendo que iria assaltar o banco de sangue do hospital mais próximo.
Não sei a quanto tempo estava vendo um seriado que eu descobri ser Gossip Girls, o sono estava quase me tomando, mas eu comecei a me sentir observada. Por um momento pensei que fosse Damon, ele as vezes tinha essa mania que ficar me rondando para me deixar nervosa, mas logo percebi que algo não estava normal.
Damon não costumava ser tão silencioso. Quando ele fazia isso, ele costumava correr em sua velocidade vampirica o que me fazia perceber que era ele por causa do barulho do vento. E também porque havia algo em mim que sempre me dizia que ele estava por perto.
De repente meu instinto de sobrevivência começou a gritar dentro de mim, mesmo com sono me sentia terrivelmente alerta. Levantei-me e passei a nadar pela casa, obrigando a mim mesma a empurrar o pânico repentino que vinha crescendo dentro de mim para o fundo da minha mente e agir com racionalidade.
Quanto mais eu andava pela casa a procura de algo que me ameaçasse mas eu tentava convencer a mim mesma que não havia nada com o que me preocupar, só que isso de nada adiantava. Meu coração estava aos pulos dentro do meu peito.
Depois de ter olhado a casa toda consegui me convencer de que estava tudo bem e esse terror repentino era só um resultado de muitas noites de sono mal dormidas. Afinal eu só havia conseguido dormir relativamente bem depois de que conheci Damon.
Cansada de procurar algo que não ia achar e já mais calma resolvi voltar descansar no sofá da sala de Damon. Me senti ficando sonolenta meus olhos não conseguiam mais ficar abertos. Antes de cair na escuridão tive a impressão de ver selvagens cabelos ruivos flamejantes sumindo pela janela.

-x-

Acordei em meu quarto sobressaltada, logo percebi que eram só pesadelos.
- Você tem um sono agitado.
Levantei a parte de cima do meu corpo da cama e dei de cara com Lara em frente ao espelho.
Ela estava ajeitando os cabelos e estava totalmente arrumada. Em seu rosto era impossível não ver o enorme sorriso.
- Oi Lara. – disse, ainda meio sonolenta e surpresa por encontrá-la no quarto que eu logo percebi ser o que eu estava instalada.
- Oi Bella. – disse ela.
- Você está bonita – disse a observando o verde e os detalhes dourados da sua roupa combinavam perfeitamente bem com seus cabelos que eram um ou dois tons mais escuros do que o de Damon e seus olhos verdes.
- Obrigada! – disse ela animada – E não resisti e tive que vir me arrumar aqui, principalmente quando me lembrei da banheira que tem nas suítes dessa casa. Se você ainda não a experimentou eu realmente recomendo que você passe lá pelo menos três horas inteiras, os efeitos são maravilhosos depois.
- Obrigada pela dica. – disse sorrindo.  – Sabe que horas são?
- Hora da senhorita dorminhoca começar a se arrumar. – respondeu ela, enquanto olhava nas sacolas de compras que eu havia colocado no canto.
- Mas já? – disse, surpresa.
- Sim ... Já são oito e meia. Tem idéia do que vai vestir?
- Não, na verdade eu e a Moda não somos muito conhecidas. – meio que confessei para ela.
- Não? – perguntou muito chocada então deu um sorriso enorme – Então acho que vou me encarregar de apresentar vocês duas. – então parou por um momento e me disse. – Você não precisa gostar dela mas é essencial que você a conheça e aprenda a viver com ela.
- Tudo bem... Por onde começamos? – perguntei vendo ela revirando as sacolas e a pequena mala de roupa que eu trouxe, aprovando e desaprovando cada item.
- Eu vou continuar olhando aqui e você vai tomar um banho. – disse enquanto fazia careta para um dos meus moletons.
Bem... parecia que nenhuma pessoa com senso de moda era a favor dos meus moletons.
-x-
Eu estava de roupão sentada na cama e sentia Lara escovado meus cabelos com suavidade e cuidado.
- Minha mãe me dizia que um dos maiores prazeres da vida era ter os cabelos penteados. – a ouvi dizendo com emoção.
Me virei para ela e me surpreendi com o que eu vi. Ela parecia vulnerável. A Lara que eu havia visto desde a tarde era animada, confiante e emanava poder e alegria.
A Lara que eu estava vendo agora era triste e jovem. Jovem demais para ser uma vampira, mas ao mesmo tempo parecia ter visto muita coisa para ser uma adolescente normal que cursava a faculdade.
- Sua mãe? – perguntei.
- Sim, ela era maravilhosa. – disse Lara sorrindo emocionada.
- Como ela se chamava? – perguntei.
- Laura Suzan Walker. - disse com um pequeno sorriso. – Me chamo Lara, porque meu pai queria que meu nome se parecesse com o da minha mãe. – disse com uma pequena risada.
- Faz sentido. – concordei sorrindo.
Eu estava curiosa sobre Lara, então antes que eu pudesse registrar a pergunta já tinha saído por meus lábios.
- Como você se transformou? – logo depois que perguntei me arrependi colocando minhas mãos na boca como se isso fosse retirar a pergunta.
- Ah, sem problemas Bella! Não precisa se sentir constrangida. – disse ela dando risada.
Lara então suspirou e parecia que seus olhos estavam perdidos no passado, então ele respirou fundo e começou a falar.
- Eu nasci no ano de 1990 em Des Moines. Minha mãe antes de conhecer meu pai fazia parte da alta sociedade, mas os pais dela não permitiram que ela se casasse com meu pai então ela juntou suas economias e vendeu suas jóias e fugiu como meu pai. Meu pai era um simples carpinteiro, ele se chamava Craig Jones Wilson, ela era um homem muito bom. Eu lembro que ele costumava me contar historias todas as noites antes de dormir.
“Mas de qualquer jeito eu sei que os primeiros anos para os dois foram difíceis. A renda de um carpinteiro não era muita e com o tempo o pouco dinheiro que havia sobrado da venda das jóias de minha mãe se esgotou. Depois dos primeiros meses que foram difíceis, os dois conseguiram se estabilizar, isso foi meses antes de minha mãe se descobrir grávida. Eu só vim a nascer em 12 de setembro de 1990...”
Lara ia continuar mais eu a interrompi surpresa.
- Espera! Seu aniversário é dia 12 de setembro?
- Sim, por que? – perguntou confusa.
- O meu é dia 13. – disse sorrindo.
- Oh...Que Demais... – exclamou animada. – Podemos fazer uma festa conjunta esse ano!
Eu só fiz uma careta.
- Qual é o problema? – perguntou.
- Não gosto muito de festas e menos ainda do meu aniversário. – disse torcendo o nariz.
- Ah tudo bem! Não precisa ser uma festa, pode ser um jantar, ou uma pequena comemoração. – falou com sua animação retomada.
- Tudo bem. – disse suspirando. Era impossível resistir a animação de Lara. – Continue. – pedi ainda curiosa sobre a história de Lara.
- Aonde eu tinha parado mesmo...Ah lembrei! – disse retomando sua historia - ...Depois que eu nasci as coisas se apertaram novamente no sentido financeiro, mas apesar disso meu lar sempre foi feliz e cheio de amor.
“ Meu pai não ficava muito em casa, ele estava trabalhando muito para nos sustentar, quando eu já estava com cinco anos eu sempre procurava ajudar minha mãe com tudo. Ela era doce e muito independente, tinha botado na cabeça que queria trabalhar e ajudar meu pai com as despesas, mansão podia fazer isso comigo sendo tão pequena.”
“Aos meus doze anos minha mãe conseguiu convencer meu pai a deixá-la trabalhar durante as tardes como cozinheira de uma família abastada de Des Moines. Enquanto ela trabalhava, eu ficava em casa depois que chegava da escola ou ia até o trabalho dela ajudá-la um pouco. Quando ficava em casa eu fazia meus deveres, depois disso procurava arrumar a casa, deixar a janta pronta e quando sobrava um tempinho eu usava para desenhar. Eu amava desenhar, principalmente vestidos. Assim foi a minha rotina até os meus quinze anos. Foi nessa idade em que meu pai morreu em um incêndio.”
“Minha mãe teve que passar a sustentar nós duas, só que somente trabalhando como cozinheira não dava para arcar com o aluguel de casa e nem com todas as contas. A nossa sorte foi que a patroa de minha mãe descobriu a origem dela e lhe ofereceu o emprego para ser criada pessoal de suas duas filhas mais velhas e baba da mais nova, um trabalho de período integral. Nós deixamos nossa casa alugada e fomos viver nas dependências dos empregados.”
“Eu ajudava no que eu podia e em pouco tempo eu tinha virado criada de uma das filhas da patroa, Pamela McKayly, ela era doce e muito divertida, e o que era somente um trabalho acabou se tornando uma amizade. Ela me contava tudo, como eram as festas da alta sociedade, sobre as pessoas que odiava, sobre as garotas que ela considerava amigas, pretendentes, eu era como sua confidente.”
“Aos poucos eu passei a desenhar vestidos para Pamela, ela adorava o que eu desenhava e eu não fazia isso por dinheiro ou coisa parecida e só que era muito bom ver alguém vestindo algo que eu tinha criado.”
“Quatro anos depois a minha vida continuava a mesma, tirando pelo fato de que Pamela iria se casar. Em uma das festas que eram dadas pela mãe de Pamela, foram convidados algumas novas pessoas da cidade. Uma delas era Damon. Ele estava hospedado na casa do noivo de Pamela então eu já estava acostumada a vê-lo. Em uma dessas noites que eu o vi nós passamos a conversar e eu acabei me tornado uma amiga dele.”
“Dias depois quando eu estava voltando da loja de tecidos que eu tinha ido a pedido da Pâmela eu percebi que estava sendo seguida.Eram dois homens, eles estavam aparentemente bêbados e queriam o meu dinheiro, e eu não tinha muito, o que acabou os deixando obviamente irritados. Eu os senti batendo em mim, me machucando até que eu não agüentei e tudo ficou escuro”
“Acordei em um quarto desconhecido. Logo a me virar pude ver Damon sentado em uma poltrona ao lado da cama em que eu estava deitada. Ele parecia aflito mas minha preocupação com ele ficou em segundo plano quando eu senti que estava diferente.”
“Não demorou muito para ele me explicar o que tinha acontecido. Ele apesar de não demonstrar eu podia ver que ele estava se sentindo culpado. Não era a intenção dele me transformar, só que quando ele chegou a mim somente houve tempo para ele me dar seu sangue e meu coração parar com ele dentro do meu corpo.”
- Nossa... – disse surpresa.
- É... e isso porque minha transformação não foi dramática e nem violenta como tantas que eu ouço falar. – disse sorrindo levemente.
- Foi difícil se adaptar? – perguntei suavemente.
- Não... A parte mais difícil foi partir sem me despedir. Eu queria ficar com minha mãe, queria ver minha amiga se casando, mas eu logo percebi que não tinha controle suficiente para isso e muito menos agüentaria ficar e ver minha mãe me envelhecendo enquanto sofria por perder a única pessoa que ela tinha.
- Eu sinto muito Lara – senti minhas lagrimas escorrerem.
Edward quando foi transformado não estava deixando nenhuma família para traz, Alice não se lembrava de nada do passado, Carlisle encontrou um jeito de seguir em frente e salvar muitas vidas, Esme pulou porque não havia nada a perder. Mas todos eles tiveram uns aos outros, criaram uma família.Damon não tinha ninguém com quem contar, estava com ódio do irmão e a unia coisa que o motivava a continuar era seu amor por Katherine.
 Lara não... Ela tinha para quem voltar.
Mas ela não podia.
Senti uma admiração imensa nascendo em mim por essa garota. Como não deve ter a machucado ter uma vida e ter que abandoná-la. Ela era forte e altruísta.
- Não foi nada – disse Lara, também com os olhos molhados. – Era inevitável.
- Foi sim. – disse tentando parar minhas lagrimas. – Obrigada por me contar.
Senti seus braços em volta de mim e suas lagrimas molhando a pele do meu ombro através da toalha onde ala havia encostado a cabeça.
- Obrigada por me ouvir – sussurrou ainda chorando.
Eu somente a abracei forte, porque parecia ser isso que ela precisava e a deixei chorar enquanto eu a consolava.
-x-
- AAAH! Eu não disse que você ia ficar um arraso – disse batendo palmas enquanto eu me vi a no espelho.
Eu estava diferente... Acho que bonita. E com armas mortais e altas nos pés.
Depois que se acalmou Lara não parou quieta. Não me lembro nem de quantas roupas experimentei desde que ela começou a escolher o que eu iria vestir.
- Lara, eu acho melhor eu colocar outra coisa para andar. – falei enquanto olhava ara o que provavelmente causaria minha morte.
- Nem pensar! – exclamou ela – Você está perfeita.
Damon havia me ensinado a andar de saltos hoje durante as compras, mas agora com um deles nos meus pés eu não me sentia nem um pouco confiante para por em pratica o que havia aprendido.
- Vamos! Os garotos já estão impacientes e eu quero que você conheça meu namorado. – disse praticamente saltitando de animação enquanto saia pelo corredor. Peguei minha bolsa e a segui.
Fui a seguindo em passos lentos e pequenos, tomando todo a cuidado para não sofrer nenhum acidente. Principalmente para não rolar escada abaixo.
Quando chegamos na sala vi sentado no sofá um homem com um pequeno sorriso amigável. Ele parecia ter entre dezenove e vinte e um anos de idade era um pouco mais alto que Damon, com músculos esguios, traços fortes, os cabelos bagunçados da mesma cor dos de Lara davam a ele um ar despojado e os olhos azuis esverdeados que brilhavam ao olhar para Lara.
- Bella, esse é David meu namorado. Amor, essa é Bella – nos apresentou alegremente.
- Davis sorriu e eu disse:
- É um prazer conhecê-lo David, Lara falou muito de você – o cumprimentei com o meu comentário seus olhos se viraram automaticamente para ela.
- Prazer Bella. – disse ele, mas seus olhos não deixavam de olhar Lara com adoração.
- AH! Até que enfim as madames desceram, pensei que tinham se afogado com o vidro de perfume e eu teria que... – Damon parou de falar automaticamente quando olhou para mim.
Eu me senti corar ate a raiz dos cabelos com o olhar que ele me deu.
- Então Damon o que achou? Bella não está maravilhosa? – disse Lara, parecendo estar se divertindo com algo que eu não tinha mínima idéia do que era.
- Sim... – disse Damon parecendo estar sem fôlego – Você está incrível Bella.
- Obrigada – agradeci, sentindo meu rubor ficar cada vez mais forte.
- Você está de salto! – disse ele surpreso.
- Estou. Por enquanto não sofri nenhum acidente – comentei sorrindo.
- É claro que não, eu sou um bom professor. – falou, com seu meio sorriso habitual.
- Convencido – ouvimos Lara murmurar.
Eu e David rimos, enquanto eles provocavam um ao outro.
- Ah, vamos logo – disse Damon já indo em direção ao carro.
Estava andando em direção ao carro quando tropecei na calçada e cai de bunda do chão.
- Bella! – exclamaram eles e começaram a rir.
- Estava bom demais para ser verdade. – murmurei irritada.
- Ora Damon, parece que você não é tão professor assim afinal! –Lara não perdeu a chance de provocá-lo mais um pouco.
Ele suspirou e disse:
- Eu sou um vampiro, não um santo milagreiro.
- Damon! – exclamei.- Desculpe Bella – disse ele dando risada.
Eu só balancei minha cabeça e falei:
- Vamos embora logo.
Damon POV.
Bella.
“Você gosta dela.”
As palavras de Lara não saiam de minha cabeça. Eu sabia que elas não eram verdade, mas mesmo assim isso não mudava os efeitos que elas tinham em mim.
Depois das palavras que ela disse eu neguei aquilo sem parar. Era loucura, afinal Bella era minha melhor amiga, mas a cada minuto que passava eu sentia que as palavras de Lara tinham algum sentido.
A imagem de Bella na sala totalmente deslumbrante aparecia em minha mente toda vez que eu fechava os olhos.
Eu tentei não pensar nela desse modo o dia todo.Mas eu sabia que isso era normal, mesmo não sendo certo. Bella era linda era totalmente natural eu me sentir atraído por ela.
- Pensando no que eu te falei? – disse Lara se sentando na mesa de frente para mim.
- Não Lara. Já te disse que isso é loucura.  – respondi cansado.
- Não é loucura! Por Deus Damon, ela é perfeita para você. – exclamou irritada.
- Ela é minha melhor amiga, Lara. Quando eu a conheci ela estava totalmente destruída por dentro, eu estava destruído! Nós estamos tão quebrados, Lara. Nós estamos nos reconstruindo juntos, precisamos um do outro, mas isso não significa que eu seja apaixonado por ela.
- Está bem Damon... Agora eu quero que você olhe para mim negue que você pelo menos não  a deseja.
Prendi a respiração. Eu não conseguiria mentir para ela nesse ponto. Isso era algo que eu não podia negar nem para mim mesmo.
- Eu não posso dizer que não a desejo. É impossível alguém conhecê-la e não desejá-la. – confessei.
Com isso ela sorriu.
- Por que você não tenta ...
Santo Deus! Ela não desistia.
- Pare com isso Lara! – eu a cortei, começando a ficar nervoso – Bella é só minha amiga, é a pessoa que eu mais amo... – depois daquela vampira vadia e egocêntrica – mas ainda assim é minha amiga. – disse mais calmo.
- Tudo bem Damon. Eu não falo mais nada. Se você quer continuar se enganando, o problema é seu. – falou irritada, mas então seus olhos se arregalaram e sua expressão mudou totalmente. Um brilho travesso surgiu em seus olhos verdes e um sorriso malicioso foi se espalhando por seus lábios.
Ela olhava um ponto atrás de mim muito entretida e antes eu me virasse para olhar, ela disse:
- Bem... Pelo menos ela eu sei que sozinha ela só fica se quiser – comentou divertida.
Meus olhos foram para a mesma direção dos dela, e confesso que não gostei do que vi.
Bella estava conversando com um garoto, que apesar de ela não parecer perceber estava obviamente dando em cima dela. E como eu já havia dito...
Eu não gostei nem um pouco.

Bella POV.
- Eu nunca te vi por aqui – falou Ryan com seu sorriso amigável, que mesmo estando com ele a apenas alguns minutos já havia me acostumado.
- Eu não sou daqui – respondi simplesmente, um pouco entediada.
- Dá onde você é? – perguntou ele.
Eu suspirei.
Havia vindo aqui pedir uma porção de batatas fritas, não havia nem sentado no banco do balcão direito e Ryan havia aparecido e se apresentado, estão ele desandou a falar.
Eu estava me sentindo incomodada. Eu não me sentia a vontade com ele, mas tentava ser agradável.
- De Forks – falei , torcendo para que ele sentisse meu tédio e fosse embora.
- É longe daqui? – continuou perguntando.
- É em Washington. – respondi.
- Nossa! E o que uma garota tão bonita está fazendo sozinha tão longe de casa? – perguntou divertido
Estava me preparando para me responder quando uma voz vinda de trás de mim respondeu.
- Ela não está sozinha. – falou Damon com um tom serio.
- Eu não sabia.  – disse Ryan que de um momento ara outro estava morrendo de medo.
- Agora já sabe. – falou grosso.
- O-ok – gaguejou Ryan – Tchau Isabella, foi bom falar com você. – se despediu deixando o lugar ao meu lado rapidamente.
- O que foi isso? – perguntei surpresa.
- Ele estava incomodando você. – disse simplesmente parecendo estar um pouco constrangido.
Eu ia falar que não era necessário assustar Ryan por isso, quando minhas batatas fritas finalmente chegaram.
- Obrigada. – agradeci ao barman.
- Por nada. – disse ele saindo e indo atender outros clientes.
- As batatas daqui são as melhores. – falou Damon pegando uma.
- Eu percebi. – disse saboreando uma delas.
Damon só riu e pegou mais algumas batatas.
Já tínhamos devorado a metade das batatas quando a banda começou a tocar uma musica romântica.
Starring out at the rain with a heavy heart
It's the end of the world in my mind
Then your voice pulls me back
Like a wake-up call

Assistindo a chuva com um coração pesado
É o fim do mundo na minha mente
E sua voz me puxa para traz
Como um grito de alegria

- Vem. – disse Damon, de repente me puxando para o meio dos casais que dançavam.
- Damon, o que você está fazendo? – perguntei nervosa me apoiando nele olhando os casais que nos rodeavam.
- Por enquanto nada, mas agora nós vamos dançar. – falou aproximando meu corpo do dele e segurando firmemente minha cintura.
- Eu não sei dançar, Damon – falei sentindo minhas pernas tremerem.
- Todos sabem dançar Bella. – falou ele. Então se abaixou e murmurou em meu ouvido em meu ouvido – Feche os olhos.
E eu os fechei.
I've been looking for the answer
Somewhere
I couldn't see that it was right there
But now I know, what I didn't know

Eu estive procurando por respostas
Em alguns lugares
Eu não podia ver que estava bem ali
Mas agora sei o que não sabia antes

Senti ele movendo minhas mãos para segurar em seus ombros grudando meu corpo no dele. Então eu estava em seus braços de novo.
- Só sinta Bella. – falou ele baixo, começando a nos mover.
Eu me movia junto com ele, sem tropeçar ou pisar em seus pés. Ele estava segurando firmemente minha cintura, fazendo eu me sentir segura.
Os braços dele que envolviam minha cintura me aqueciam, me fazendo sentir coisas que eu nunca havia sentido.
Because you live and breathe
Because you make me believe in myself
When nobody else can help
Because you live girl
My world...
Has twice as many stars in the sky

Porque você vive e respira
Porque você me fez acreditar em mim mesmo
Quando ninguém mais podia ajudar
Porque você vive garota
Meu mundo...
Tem duas vezes mais estrelas que o céu

- Eu disse que você podia. – falou Damon.
- Eu estou dançando. – falei tolamente.
- Você está dançando. – confirmou Damon rindo.
Era inacreditável. Eu sentia meu corpo se movendo no ritmo da musica graciosamente. Eu não estava com medo se cair ou me machucar, eu sabia que Damon não me deixaria cair e isso me dava confiança para continuar só sentindo a musica penetrando todos os meus poros.

It's all right. I survived. I'm alive again.
'Cause of you, made it through every storm
What is life? What's the use?
If you're killing time

Está tudo certo, eu sobrevivi,estou vivo novamente
Por sua causa, eu superei cada tempestade
O que é a vida? Qual é o sentido de tudo?
Se você está matando


- Obrigada – disse a ele. – Não conseguiria sem você.
- De nada, Bells. – disse ele, e fiquei surpresa em ver culpa e tristeza em seu rosto. – É bom saber que pude fazer o certo para alguém que eu gosto pelo menos uma vez.
Não demorei muito para perceber do que ele estava falando. Lara.
- Você ouviu. – declarei.
- Foi sem querer. – disse ele. Eu arqueei uma das minhas sobrancelhas para ele. – Ok... Não foi tão sem querer assim.

I'm so glad I found an angel
Someone...
Who was there when all my hopes fell
I wanna fly looking in your eyes

Estou muito feliz pois achei um anjo
Alguém...
Que estava lá quando não tinha mais esperanças
Eu quero voar olhando nos seus olhos

- Não foi sua culpa. – falei acariciando seus cabelos. – Você a salvou.
- Eu sei. Mas não consigo deixar de me sentir mal por isso. – falou chateado.
- Você também me salvou. – falei para ele, então dei um meio sorriso. – Você precisa tomar cuidado para isso não se espalhar, eu ate imagino quantas garotas iam se por em perigo só pra serem salvas por você, e terem s sorte de virar suas amigas.
Com isso ele riu.
- Eu podia salvar mil garotas por dia Bella... – disse ele suavemente perfurando – Mas nenhuma delas importariam para mim tudo o que você importa.

Because you live and breathe
Because you make me believe in myself
When nobody else can help
Because you live girl
My world...
Has twice as many stars in the sky

Porque você vive e respira
Porque você me fez acreditar em mim mesmo
Quando ninguém mais podia ajudar
Porque você vive garota
Meu mundo...
Tem duas vezes mais estrelas que o céu

Meu coração acelerou e eu senti minha respiração ficar ruidosa. Eu vi seus olhos brilharem enquanto seu rosto se aproximava do meu. Eu já podia sentir sua respiração em meu rosto e de repente parecia que nada mais existia e só nós dois estávamos no meio daquela pista de dança com a musica tocando e deixando tudo mais intenso.
Quando seus lábios estavam a milímetros de encostarem nos meus, meu cérebro me alertou do que nós estávamos fazendo.

Because you live... I live

Por que você vive...Eu vivo

- Damon... – eu falei, mas ele não se afastou como pensei que faria.

Because you live, there's a reason why
I carry on when I lose the fight
I want to give what you've given me
Always...


Por que você vive, existe uma razão porque
Eu sigo em frente quando perco a luta
Eu quero te dar o que você está dando
Sempre...

- Bella – ele sussurrou suavemente enquanto roçou seus lábios nos meus.
Eu suspirei.
- O que estamos fazendo? – perguntei estupidamente deslumbrada pelo jeito que ele me olhava.
- Eu não sei. Você quer parar? – perguntou ele.
Meu cérebro gritou para mim que parar era o certo, ma uma parte involuntária de mim foi mais forte e deu a resposta que ia me levar ao que eu mais queria agora.
- Não...
Então sem precisar de mais nada seus lábios estavam grudados nos meus.

Because you live and breathe
Because you make me believe in myself
When nobody else can help
Because you live girl
My world...
                                                                 Has twice as many stars in the sky        


Porque você vive e respira
Porque você me fez acreditar em mim mesmo
Quando ninguém mais podia ajudar
Porque você vive garota
Meu mundo...
Tem duas vezes mais estrelas que o céu

Ele sugou meu lábio inferior suavemente como se estivesse me provando e sua língua pediu permissão para entrar em meus lábios. Nossos lábios se encaixavam com perfeição e nossas línguas primeiro se tocavam timidamente como se estivessem se conhecendo e depois com necessidade, como se quisessem isso a muito tempo.

Because you live and breathe
Because you make me believe in myself
When nobody else can help
Because you live girl…

Porque você vive e respira
Porque você me fez acreditar em mim mesmo
Quando ninguém mais podia ajudar
Porque você vive garota ...

Não existia hesitação no jeito que nossos lábios se moviam e o ar havia se tornado algo supérfluo perto dos lábios de Damon. Não existia nada que eu quisesse mais que isso, Damon, o jeito que ele me apertava, seu cheiro, seus sábios era tudo o que importava no momento. Ele estava em cada pensamento, em cada reação... Naquele momento não existia nada que não fosse ele.
Seus lábios eram a perfeição. A paixão dele me aquecia e me queimava, fazia eu me sentir fria e quente ao mesmo tempo, eu segurava firmemente os cabelos do Damon o impedindo de parar com medo de que essas sensações fossem embora com o beijo.

My world...
Has everything I need to survive
because you live... I live, I live

Meu mundo...
Tem tudo o que eu preciso pra viver
Por que você vive...Eu vivo...Eu vivo

Eu não conseguia parar. Isso de repente pareceu ser tudo o que eu precisava para viver. Não parecia errado, era certo. Eu não tinha como impedir aquelas sensações que explodiam em mim, ou todas as cores brilhantes que rodavam por trás de minhas pálpebras. Eu sentia que aquilo que estava acontecendo era inevitável. Pois eu não queria evitar... Não mais.


N/A: Hey pessoal!
Mais um capítulo como prometi a vocês ^^
Beijinhos e até amnha







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