"Minhas primeiras memórias envolvem ter pessoas me contando mitos gregos de um livro infantil e uma dor, somente uma dor para eu achar a magia por mim própria. Eu procurava por ela em todo lugar e era esmagada toda a vez que não a encontrava. Eu estava certo de que a acharia durante meu sétimo ano porque sete é um número muito mágico. Quando isso passou e eu não a havia achado, eu decidi que nove era três vezes três e tão mágico quanto sete. Sem sorte. Eu fixei minhas últimas esperanças aos doze ou treze, ambos muito mágicos. Quando eles se foram sem eu achar nenhum guarda-roupa que me levaria para Nárnia, ou um buraco pelo qual eu chegaria no País das Maravilhas ou feitiço que me transferiria para o centro da Terra, eu percebi com toda a certeza que eu iria continuar o que eu estive fazendo o tempo todo: fazendo mágica para mim mesma. Então, sim, eu gosto de escrever sobre o sobrenatural ainda que eu adoraria achar um pouco de mágica de verdade para mim." – L. J. Smith

domingo, 29 de abril de 2012

LA - Capítulo Um


Notas do Capitulo: Oi pessoal! Ai esta o primeiro capitulo da fic. Esse é sobre o ponto de vista da Bella.Tenham carinho com essa fic pois ela é o meu bebe.Ela pode ser um pouco complicada de entender, os mistérios dela serão desvendados com o tempo.
No mundo dessa fic alguns fatos que aconteceram na nossa historia nunca aconteceram ou serão modificados, mas o que vocês precisam saber é que os vampiros, não importando se puros ou evoluído sempre dominaram tudo. Mas eu vou explicar um pouco mais lá em baixo.
Até lá embaixo.
Agora aproveitem os capítulos =]
Beijoos ;*
Ate o próximo post.
Beijoos
Amanda Ishi.


Capítulo Um
Bella PDV.
Eu estava perdida.
Não literalmente, eu sabia no lugar onde estava, essa era uma das poucas coisas que eu tinha certeza sobre mim mesma agora.
Por isso eu sempre fui tão diferente, nunca fui uma vampira normal como todos os outros da família, nunca pareci com o meu suposto pai e mãe. Ele havia me roubado porque sabia que eu seria diferente, só por isso. Ele só não contava que as inúmeras vantagens que ele ganharia viriam com um problema que poderia acabar com todo o poder dele.
Sai correndo, eu não tinha muito tempo, tinha que sumir. Ou eu sumia ou eles iriam me matar. As pessoas com que eu havia crescido, meus próprios pais... todos queriam me matar.Nem todos, tia Didyme e tio Marcus gostavam de mim, eu vi isso nos olhos deles.
Eu não sei o que houve. Meu pai me amava, eu tinha certeza disso. Ele tinha se afastado de mim de uns anos para cá, me tratava mais como se eu fosse um item conveniente de ter em casa, mas eu pensava que era o governo que o deixava assim. Eu pensava que ele ainda me amava do mesmo jeito, mas ao que parecia eu estava enganada.
Enquanto meu pai havia se afastado, tio Marcus e tia Didyme sempre me trataram como seu eu fosse realmente a filha deles de sangue, era eles que sempre haviam me ensinado o que era certo e errado, sobre valores e a moral que todos deveriam ter. Eles me amavam e confiavam em mim. Eu ainda me lembrava das palavras que eles disseram enquanto me ajudavam a fugir do castelo pela passagem secreta que todos pensavam não existir, eu a havia descoberto quando tinha me perdido no castelo:
- Você tem poder nas mãos minha querida – disse Dydyme com aquele sorriso maternal que ela sempre me dava – poder o suficiente para mudar tudo que nós acreditamos ser o certo.
- Eu não queria isso – choraminguei – Eu só queria ser normal
- Nós sabemos pequena – disse Marcus com aquela voz cheia de confiança e carinho – Mas a coisas que nós não podemos controlar, coisas que podem não fazer muito sentido agora, mas que irá fazer algum no futuro.
- Mas e enquanto esse futuro não chega? – perguntei com lagrimas nos olhos – Eu não tenho a menor ideia de para onde ir, não sei o que tenho que fazer, o que escolher e tenho certeza que Aro e toda sua guarda vai esperar isso fazer algum sentido para mim.Eles me querem morta – coloquei tudo para fora de uma vez – O que eu faço? – inquiri desesperada
- Primeiro fique calma minha querida – disse meu tio – Você não irá conseguir nada se não raciocinar
Resolvi seguir seu conselho e comecei a respirar fundo tentando acalmar minha respiração. Quando meu tio notou que eu estava mais calma continuou:
- A segunda coisa que eu acho que você tem que fazer é ir atrás de suas origens, com certeza se você souber de onde veio quem são seus pais, e o que ele são, vai ter pelo menos uma ideia do porque você ser a escolhida pela profecia.
- Mas como eu vou descobrir isso? – perguntei receosa - Eu não tenho a mínima ideia de onde eu vim – expliquei sem esperanças
- Isso é fácil meu anjo – disse Didyme – Quando Aro seqüestrou você, seu tio fez questão de saber de que cidade era a maternidade que onde ele a havia pego – explicou ela
- E de que cidade era? – perguntei me sentindo curiosa para saber algo sobre mim que era verdade
- Forks – disse Marcus divertido
- Forks? Acho que eu já ouvi falar nessa cidade... só não lembro o que – disse procurando nas minhas lembranças algo sobre essa cidade que pudesse me ajudar e que explicasse a diversão dos meus tios.
- Querida, Forks é simplesmente uma das únicas cidades neutras que existem – explicou sorrindo levemente
- Oh! – disse nervosa, afinal eu nunca tinha sido levada para uma dessas cidades, mesmo que Aro e os representantes de outras raças sempre se encontravam nelas.
Nessas cidades mesmo sendo os vampiros originais que ainda dominavam, vampiros evoluídos e humanos conviviam em perfeita harmonia. Eles respeitavam as regras de sua própria raça, regras que não só estipulavam limites como também procuravam manter a paz.
Nas cidades “normais” somente os vampiros originais que tinham liberdade para tudo e os vampiros evoluídos não tinham liberdade praticamente para nada e muito menos humanos tinham paz, havia também uma fronteira que delimitava a área que era permitida para eles.Os humanos viviam em qualquer um dos lados.
- Seu único trabalho irá ser chegar lá – disse Dydime – Forks é consideravelmente distante, mas se você pegar os caminhos certos e seguir seus extintos. Acredito que isso não será problema
- Ok! – disse ainda um pouco nervosa – O que eu faço depois?
- Acredito que você deve pensar no que fazer, deve ver quais são sua opções e escolher o que achar certo – disse meu tio com um tom serio
- Mas e seu escolher errado? E se o que eu achar que é o certo não for o certo? – perguntei desesperada – Não sou só eu que vai ter que conviver com minhas escolhas, todos irão aguentar as consequências, eu não to pronta para isso – disse soltando algumas lagrimas que eu estava segurando desde o começo dessa loucura
- É por você achar que não esta pronta, que eu acredito que você esta – disse meu tio com compreensão – Bella, você tem ideia de como é difícil isso que você tem que fazer? Acredito eu que tem, mas nem por isso está se escondendo ou se entregando, você ao contrario do que muita gente faria esta escolhendo enfrentar isso de frente, assim como todas as consequências que isso pode gerar.
“Você é boa Bella, boa de verdade e tem uma sabedoria que é difícil jovens da sua idade terem. Eu confio em você Bella.Não só eu e sua tia mas muitos do que estão aqui e não tem coragem de admitir que Aro esta errado por terem medo de morrer, você é a esperança deles Bella.”
 “Mas seja o que você escolher Bella, mesmo que seja o errado, o que eu duvido muito que aconteça, eu e sua tia sempre irá amar você – disse ele me abraçando e em seguida olhando nos meus olhos – Isso nunca irá mudar.
Em seguida fui abraçada por uma Didyme chorosa.
- Se cuide meu anjo – disse depois de me abraçar e me entregou uma mochila azul relativamente grande – Aqui tem tudo que você precisa, desde dinheiro e cartão de créditos tanto em nossos nomes como também com um nome falso, lembranças, algumas roupas lentes de contatos e outras coisas que você possa precisar.
- Também colocamos a chave de um carro que deixamos no aeroporto de Seattle para você. Sabemos que de Salem ate Seattle tem uma boa distancia mais acreditamos que você pode dar um jeito – disse piscando para mim – Colocamos disfarces porque acreditamos que em pelo menos dois dias você estará com o rosto estampado em todos os jornais.
- Como eu faço para fugir? – perguntei nervosa
- Você nunca viu onde dá essa passagem não é? – perguntou meu tio sorrindo
- Não, nunca pensei que um dia iria ter que fugir. Para mim isso daqui só era um lugar para eu ficar sozinha, e só sabia que isso daqui abria por causa do feixe de luz que atravessava uma brecha da parede de pedra - expliquei calma
 - Quando eu puxar essa parede você vai estar a pouquíssimos quilômetros da fronteira – disse ele – Então você vai correr ate atravessá-la, o território dos evoluído é barrado por montanhas e pelo que eu sei pouquíssima gente passa por lá você vai passar por elas para chegar nas estradas e seguir em direção ao estado de Washington.
- Mas e se um evoluído me ver? – perguntei não por estar duvidando nem um pouco dos planos do meu tio, somente por precaução.
- A chances são praticamente nulas – disse duvidando – Eles não costumam ficar perto dos limites, mas para todo caso você se parece muito pouco com uma vampira original assim como se parece pouquíssimo com uma evoluída, a maioria dos seus traços são características próprias suas. O que eles podem pensar é que você é uma espécie de humana raríssima.
- Ok – disse mais calma – Eu vou indo
Abracei tio Marcus e tia Didyme – talvez pela ultima vez.
- Eu amo vocês – disse a eles quando já estava fora da passagem – Vou sentir saudades
Então comecei a correr, deixando para traz o que eu sempre considerei que era minha casa.
Ainda corria na minha maior velocidade, meus pensamentos estavam longe. Em Forks e no que eu poderia encontrar por lá.
Já estava perto das montanhas, resolvi parar um pouco, já não estava aguentando mais. Essa é uma das coisas que eu tinha de incomum, apesar de eu poder correr em uma velocidade igual a ambas as raças de vampiros, ao contrario deles que nunca cansavam eu tinha um limite. Não conseguia correr por vários dias seguidos como eles, depois de algumas horas eu cansava.
Olhei para frente e vi as montanhas que estavam a poucos metros. Me encostei em uma arvore e respirei fundo.
E já estava convencida de que não iria topar com ninguém quando ouvi uma voz suave como veludo, vindo de algum lugar atrás de mim:
- Algo me diz que você não deveria estar aqui.
Me virei procurando o dono da voz e meus olhos ficaram presos em outro par de olhos. E eu fiquei estupidamente deslumbrada.

 n/a: Oi, amores!
Ai está o primeiro capítulo para vocês, espero que tenham gostado.
O segundo capítulo já está pronto, eu só tenho que passa-lo para o computador. Ainda esse semana irei deixar um spoiler dele aqui no blog.
Próximo Post: 14/05
Beijoos


Amanda  Ishi - Mandii Blanche



segunda-feira, 23 de abril de 2012

Próximos Capítulos e Beautiful Monster

Hey, babies!
Vim aqui anunciar a data das próximas postagens para vocês ficarem sabendo.
Luas Azul: 29/04 - Aqui no blog e no TBF.
Lua Minguante: 08/05 - No Nyah e aqui no blog.

No dia do 08/05 também terá a estreia de Beautiful Monster aqui e no TBF.
Beijinhoos!




sábado, 21 de abril de 2012

LM - Capítulo Nove


- Capítulo nove -
Calmaria Confusa
Damon POV.
Seu beijo era mais doce do que qualquer coisa que eu já havia provado. Nada se comparava a isso.
Quando a vi conversando com aquele garoto foi como se eu não tivesse mais controle de minhas ações. Essa parte descontrolada de mim não conseguia aceitar que ela ria com outro. Só uma coisa gritava em minha mente. Ela era minha.
Só quando Bella havia falado que eu havia percebido o quão estranho eu deveria ter parecido. Por sorte ela não tinha percebido meu estranho surto de possessão.
Mas agora, com seu corpo quente grudado no meu enquanto nossos lábios se moviam em sincronia tudo parecia certo. Nada importava, o que eu havia feito no passado, Bella ser uma humana, nos dois sermos melhores amigos, nada disso.
Uma de minhas mãos apertava sua cintura com força, enquanto a outra acariciava sua nuca. Nos beijávamos lentamente ao mesmo tempo que estávamos famintos.
Era inexplicável, parecia tão certo... tão Bella.
E então eu percebi o que estava fazendo. Aquela era Bella, minha melhor amiga. A pessoa mais importante que eu tinha e não podia sequer imaginar a possibilidade de perde-la.
Diminui o aperto em sua cintura e lentamente me afastei. Bella estava ofegante, seus olhos brilhantes como eu nunca havia visto e seus lábios mais inchados e avermelhados do que o comum. Ela era a imagem da tentação e foi com imensa satisfação que eu percebi que eu havia deixado ela desse jeito.
Balancei minha cabeça para afastar esses pensamentos inconvenientes e resolvi fazer o que era certo.
- Bella, me desculpe... – Bella olhou para mim com seus olhos confusos esperando eu continuar – Eu não sei o que aconteceu, eu não devia ter feito isso. – praticamente implorei para que ela me perdoasse pelo meu ato impulsivo.
Vi seus olhos brilharem em compreensão e mais algo que eu não consegui identificar. Bella acenou com a cabeça e disse:
- Tudo bem, Damon. Não foi nada, nós dois queríamos isso. Foi só o momento. – disse, perecendo calma demais, cmo se o momento não a tivesse afetado como aconteceu comigo. Fiquei surpreso com a dor que isso me causou. Pensei ter visto magoa em seus olhos, mas esta sumiu tão rápido quanto surgiu.
- Isso, aconteceu. – simplifiquei o que nós queríamos dizer, a dor em meu peito ainda não cedendo.
- É... eu vou no banheiro e já volto.
(...)
O caminho de volta para casa aconteceu em silencio. Eu queria que ela falasse alguma coisa. Qualquer coisa. Aquele silencio não era confortável, não era o nosso silencio e eu não estava conseguindo suportá-lo.
Em casa foi a mesma coisa nos subimos as escadas juntos. Entramos no meu quarto e eu vi Bella pegar o pijama que havia usado ontem e seguir em direção ao seu quarto e em poucos minutos eu pude ouvir o chuveiro ligado. Resolvi tomar um banho também.
Deixei a água deslizar esperando que isso me acalmasse, no fim aconteceu o efeito contrario. Só me passava pela cabeça a possibilidade de nós não voltarmos ao normal, de eu ter destruído o que mais me importava.
Ao sair do banho, percebi meu quarto vazio. Me troquei em uma velocidade natural para mim e sentei na beira da cama esperando. O chuveiro dela já tava desligado e eu so ouvia sua respiração, que não era tranqüila. Meia hora se passou e eu desisti. Ela não viria.
-x-
Acordei com o cheiro de café fresco e me levantei. Ao chegar na cozinha Bella estava comendo torradas enquanto tomava leite com achocolatado, ao me ver me deu um pequeno sorriso. Sorri para ela e me sentei na sua frente.
- Bom dia – eu disse sorrindo.
- Bom dia – respondeu me olhando para logo em seguida desviar o olhar.
Eu suspirei.
- Quando eu te pedi desculpas ontem, eu estava com medo – confessei.
- Medo do que? – perguntou olhando em meus olhos.
- Disso. De nós não sermos mais como éramos. – falei serio e ela desviou o olhar.
- Nós somos os mesmos, Damm. – disse ainda sem me olhar.
Com isso peguei uma caneca e atirei em uma das paredes.
- Você nem olha nos meus olhos! – exclamei com raiva.
Ela suspirou e olhou em meus olhos por um momento. Segundos depois desviou o olhar novamente. Parecendo profundamente envergonhada, ela disse:
- Só vamos esquecer tudo isso, ok? Eu não quero que o que temos acabe por besteira. – pediu triste.
“Besteira?!” Senti minha raiva chegar as altos níveis mais não demonstrei. Analisei o que ela disse e conclui que era melhor esquecermos. Ela estava com medo de perder essa conexão incrível que nós tínhamos, e para falar a verdade, eu também estava. Mas será que eu conseguia esquecer?
Eu não queria saber. Resolvi fazer o que era melhor e manter em segurança a  melhor coisa que eu já tive.
Respirei fundo e disse:
- Tudo bem. – eu concordei.
Bella então abriu um sorriso tímido e veio me abraçar
- Obrigada por isso, Damon. – ela agradeceu em um tom aliviado.
Uma súbita tristeza me tomou pro inteiro, eu não sabia o porquê dela, só sabia que ela estava aqui.
- De nada. -   falei em um tom inexpressivo.
Bella pareceu notar isto, ela disfarçou com um sorriso tímido, mas seus olhos estavam tristes. Me senti culpado por isso, Bella não tinha culpa pelo meu estado emocional confuso. Fui em sua direção e a abracei.
- Então qual é o planejamento para hoje? – perguntou levantando o rosto por causa da diferença de altura e me dando um pequeno sorriso.
Eu queria levá-la a praia, mas agora pensando, eu não queria sair hoje, só queria ficar com ela.
- Você se importa de nós só ficarmos aqui? – perguntei hesitante, sentia que devia aproveitar esses momentos de paz, que isso iria acabar a qualquer momento.
- Não, eu não me importo nem um pouco – ela respondeu com um sorriso suave. Intenso.
Eu sorri para ela.
(...)
Passamos o dia vendo filmes no sofá com ela encostada em meu peito. Como um casal. Eu tentava me controlar mais cada vez esses pensamentos pareciam sem mais atraentes e eu não sabia o que aconteceria se isso continuasse. Não era um bom caminho. Bella amava a outro. Um idiota que apesar de não a merecer ainda assim possuía os mais sinceros sentimentos dela.
Eu suspirei. Eu e Bella havíamos dado nossos sentimentos a pessoas – que não eram realmente pessoas – que não os mereciam. Devia ser isso, eu estava machucado e estava usando de nossas dores para nos curar. A idéia era totalmente egoísta, mas essa era a única resposta que eu encontrava para toda essa confusão que se passava dentro de mim.
Já era final de tarde e era possível ver o sol se pondo aqui em Santa Monica. Eu ouvia a respiração calma e ritmada de Bella, virei a cabeça e confirmei minhas suspeitas de que ela havia adormecido. Tão linda...
Merda! Esse não era eu. Eu havia deixado esse meu lado para trás a mais de um século, Damon Salvatore não suspirava pelos cantos e ficava nervoso por causa de uma adolescente, Damon não ficava analisando emoções.
Damon Salvatore era cruel, insensível e egoísta, não ligava para os sentimentos dos outros. E esse que estava aqui com a garota mais incrível que havia conhecido em toda a sua existência, definitivamente não era eu.
“Você sabe que isso não é verdade.” Uma voz sussurrou em minha cabeça.
Sim, eu sabia. Mas eu queria ignorar isso enquanto eu podia. Ignorar e somente aproveitar toda essa calmaria a minha volta e esquecer a confusão que se passava dentro de mim.

____________________________________

Hey, babies!
Desculpem o atraso
Espero que tenham gostado!
Beijoos



quarta-feira, 18 de abril de 2012

LM - Capítulo Oito

- Capitulo Oito -
Inevitável
Bella POV.
Deixei Damon com Lara a sós, achei que os dois precisavam de um pouco de privacidade para conversar.
As compras com Damon até que não foram ruins.Nunca pensei que uma ida ao shopping pudesse ser tão divertida. Eu até aprendi a andar de salto! Mas não podia deixar de pensar que era totalmente desnecessário, tinha roupas que eu provavelmente nunca iria usar.
Foram saias de todos os tamanhos, maquiagens, saltos, calças, blusas, vestidos e mais um monte de coisas. Acredito que até assustamos alguns vendedores. Acho que foi só uma vingança por não deixá-lo comprar aquele monte de porcarias. Mas a quantidade que ele ia comprar era realmente absurda. Fala serio, ele nem vive de comida humana!
Olhei no relógio, acho que já podia voltar para a mesa. Peguei minha bolsa em cima da pia e sai do banheiro e fui em direção ao restaurante em que estávamos.
Ao chegar em frente ao restaurante percebi que Lara e Damon se divertiam, mas apesar disso eu podia ver que ele estava com os pensamentos focados em algo que o deixava confuso e percebia a pequena tensão acumulada em seus ombros.
Seja lá o que Lara houvesse dito, o deixou confuso.
- Voltei. – anunciei minha chegada enquanto sentava na minha cadeira.
- Que bom, eu estava mesmo querendo falar com você. – falou Lara.
- Sobre o que? – perguntei curiosa.
- Eu quero que vocês dois vão comigo e com meu namorado no Nocturnal – falou animada.
Me virei para o Damon pedindo explicações.
- É uma mistura de bar, restaurante e boate. Você tem o bar e o restaurante dentro  da boate, mas também tem o bar e o restaurante separado da boate. – explicou ele.
- Eu e Damon costumávamos ir muito lá no tempo em que passamos aqui. – disse ela animada. – Agora lá já é mais conhecido, mas continua com aquele jeito familiar mesmo com as batidas da musica ficam vibrando nas paredes.
- Parece bom – disse sorrindo – Só que eu já vou avisando... eu não sei dançar. – falei constrangida.
Damon e Lara se olharam e deram um sorriso enorme um para o outro.
- Pequena B, você pode ter certeza de que isso não será um problema. - disse Lara me dando uma piscadela. Eu só ri pelo novo apelido que eu havia acabado de ganhar.
Seja lá o que significassem aqueles sorrisos, por ora eu preferia não saber.

-x-
Tínhamos acabado de chegar em casa. Eu estava sentada no sofá vendo um seriado qualquer, Damon havia saído a poucos minutos dizendo que iria assaltar o banco de sangue do hospital mais próximo.
Não sei a quanto tempo estava vendo um seriado que eu descobri ser Gossip Girls, o sono estava quase me tomando, mas eu comecei a me sentir observada. Por um momento pensei que fosse Damon, ele as vezes tinha essa mania que ficar me rondando para me deixar nervosa, mas logo percebi que algo não estava normal.
Damon não costumava ser tão silencioso. Quando ele fazia isso, ele costumava correr em sua velocidade vampirica o que me fazia perceber que era ele por causa do barulho do vento. E também porque havia algo em mim que sempre me dizia que ele estava por perto.
De repente meu instinto de sobrevivência começou a gritar dentro de mim, mesmo com sono me sentia terrivelmente alerta. Levantei-me e passei a nadar pela casa, obrigando a mim mesma a empurrar o pânico repentino que vinha crescendo dentro de mim para o fundo da minha mente e agir com racionalidade.
Quanto mais eu andava pela casa a procura de algo que me ameaçasse mas eu tentava convencer a mim mesma que não havia nada com o que me preocupar, só que isso de nada adiantava. Meu coração estava aos pulos dentro do meu peito.
Depois de ter olhado a casa toda consegui me convencer de que estava tudo bem e esse terror repentino era só um resultado de muitas noites de sono mal dormidas. Afinal eu só havia conseguido dormir relativamente bem depois de que conheci Damon.
Cansada de procurar algo que não ia achar e já mais calma resolvi voltar descansar no sofá da sala de Damon. Me senti ficando sonolenta meus olhos não conseguiam mais ficar abertos. Antes de cair na escuridão tive a impressão de ver selvagens cabelos ruivos flamejantes sumindo pela janela.

-x-

Acordei em meu quarto sobressaltada, logo percebi que eram só pesadelos.
- Você tem um sono agitado.
Levantei a parte de cima do meu corpo da cama e dei de cara com Lara em frente ao espelho.
Ela estava ajeitando os cabelos e estava totalmente arrumada. Em seu rosto era impossível não ver o enorme sorriso.
- Oi Lara. – disse, ainda meio sonolenta e surpresa por encontrá-la no quarto que eu logo percebi ser o que eu estava instalada.
- Oi Bella. – disse ela.
- Você está bonita – disse a observando o verde e os detalhes dourados da sua roupa combinavam perfeitamente bem com seus cabelos que eram um ou dois tons mais escuros do que o de Damon e seus olhos verdes.
- Obrigada! – disse ela animada – E não resisti e tive que vir me arrumar aqui, principalmente quando me lembrei da banheira que tem nas suítes dessa casa. Se você ainda não a experimentou eu realmente recomendo que você passe lá pelo menos três horas inteiras, os efeitos são maravilhosos depois.
- Obrigada pela dica. – disse sorrindo.  – Sabe que horas são?
- Hora da senhorita dorminhoca começar a se arrumar. – respondeu ela, enquanto olhava nas sacolas de compras que eu havia colocado no canto.
- Mas já? – disse, surpresa.
- Sim ... Já são oito e meia. Tem idéia do que vai vestir?
- Não, na verdade eu e a Moda não somos muito conhecidas. – meio que confessei para ela.
- Não? – perguntou muito chocada então deu um sorriso enorme – Então acho que vou me encarregar de apresentar vocês duas. – então parou por um momento e me disse. – Você não precisa gostar dela mas é essencial que você a conheça e aprenda a viver com ela.
- Tudo bem... Por onde começamos? – perguntei vendo ela revirando as sacolas e a pequena mala de roupa que eu trouxe, aprovando e desaprovando cada item.
- Eu vou continuar olhando aqui e você vai tomar um banho. – disse enquanto fazia careta para um dos meus moletons.
Bem... parecia que nenhuma pessoa com senso de moda era a favor dos meus moletons.
-x-
Eu estava de roupão sentada na cama e sentia Lara escovado meus cabelos com suavidade e cuidado.
- Minha mãe me dizia que um dos maiores prazeres da vida era ter os cabelos penteados. – a ouvi dizendo com emoção.
Me virei para ela e me surpreendi com o que eu vi. Ela parecia vulnerável. A Lara que eu havia visto desde a tarde era animada, confiante e emanava poder e alegria.
A Lara que eu estava vendo agora era triste e jovem. Jovem demais para ser uma vampira, mas ao mesmo tempo parecia ter visto muita coisa para ser uma adolescente normal que cursava a faculdade.
- Sua mãe? – perguntei.
- Sim, ela era maravilhosa. – disse Lara sorrindo emocionada.
- Como ela se chamava? – perguntei.
- Laura Suzan Walker. - disse com um pequeno sorriso. – Me chamo Lara, porque meu pai queria que meu nome se parecesse com o da minha mãe. – disse com uma pequena risada.
- Faz sentido. – concordei sorrindo.
Eu estava curiosa sobre Lara, então antes que eu pudesse registrar a pergunta já tinha saído por meus lábios.
- Como você se transformou? – logo depois que perguntei me arrependi colocando minhas mãos na boca como se isso fosse retirar a pergunta.
- Ah, sem problemas Bella! Não precisa se sentir constrangida. – disse ela dando risada.
Lara então suspirou e parecia que seus olhos estavam perdidos no passado, então ele respirou fundo e começou a falar.
- Eu nasci no ano de 1990 em Des Moines. Minha mãe antes de conhecer meu pai fazia parte da alta sociedade, mas os pais dela não permitiram que ela se casasse com meu pai então ela juntou suas economias e vendeu suas jóias e fugiu como meu pai. Meu pai era um simples carpinteiro, ele se chamava Craig Jones Wilson, ela era um homem muito bom. Eu lembro que ele costumava me contar historias todas as noites antes de dormir.
“Mas de qualquer jeito eu sei que os primeiros anos para os dois foram difíceis. A renda de um carpinteiro não era muita e com o tempo o pouco dinheiro que havia sobrado da venda das jóias de minha mãe se esgotou. Depois dos primeiros meses que foram difíceis, os dois conseguiram se estabilizar, isso foi meses antes de minha mãe se descobrir grávida. Eu só vim a nascer em 12 de setembro de 1990...”
Lara ia continuar mais eu a interrompi surpresa.
- Espera! Seu aniversário é dia 12 de setembro?
- Sim, por que? – perguntou confusa.
- O meu é dia 13. – disse sorrindo.
- Oh...Que Demais... – exclamou animada. – Podemos fazer uma festa conjunta esse ano!
Eu só fiz uma careta.
- Qual é o problema? – perguntou.
- Não gosto muito de festas e menos ainda do meu aniversário. – disse torcendo o nariz.
- Ah tudo bem! Não precisa ser uma festa, pode ser um jantar, ou uma pequena comemoração. – falou com sua animação retomada.
- Tudo bem. – disse suspirando. Era impossível resistir a animação de Lara. – Continue. – pedi ainda curiosa sobre a história de Lara.
- Aonde eu tinha parado mesmo...Ah lembrei! – disse retomando sua historia - ...Depois que eu nasci as coisas se apertaram novamente no sentido financeiro, mas apesar disso meu lar sempre foi feliz e cheio de amor.
“ Meu pai não ficava muito em casa, ele estava trabalhando muito para nos sustentar, quando eu já estava com cinco anos eu sempre procurava ajudar minha mãe com tudo. Ela era doce e muito independente, tinha botado na cabeça que queria trabalhar e ajudar meu pai com as despesas, mansão podia fazer isso comigo sendo tão pequena.”
“Aos meus doze anos minha mãe conseguiu convencer meu pai a deixá-la trabalhar durante as tardes como cozinheira de uma família abastada de Des Moines. Enquanto ela trabalhava, eu ficava em casa depois que chegava da escola ou ia até o trabalho dela ajudá-la um pouco. Quando ficava em casa eu fazia meus deveres, depois disso procurava arrumar a casa, deixar a janta pronta e quando sobrava um tempinho eu usava para desenhar. Eu amava desenhar, principalmente vestidos. Assim foi a minha rotina até os meus quinze anos. Foi nessa idade em que meu pai morreu em um incêndio.”
“Minha mãe teve que passar a sustentar nós duas, só que somente trabalhando como cozinheira não dava para arcar com o aluguel de casa e nem com todas as contas. A nossa sorte foi que a patroa de minha mãe descobriu a origem dela e lhe ofereceu o emprego para ser criada pessoal de suas duas filhas mais velhas e baba da mais nova, um trabalho de período integral. Nós deixamos nossa casa alugada e fomos viver nas dependências dos empregados.”
“Eu ajudava no que eu podia e em pouco tempo eu tinha virado criada de uma das filhas da patroa, Pamela McKayly, ela era doce e muito divertida, e o que era somente um trabalho acabou se tornando uma amizade. Ela me contava tudo, como eram as festas da alta sociedade, sobre as pessoas que odiava, sobre as garotas que ela considerava amigas, pretendentes, eu era como sua confidente.”
“Aos poucos eu passei a desenhar vestidos para Pamela, ela adorava o que eu desenhava e eu não fazia isso por dinheiro ou coisa parecida e só que era muito bom ver alguém vestindo algo que eu tinha criado.”
“Quatro anos depois a minha vida continuava a mesma, tirando pelo fato de que Pamela iria se casar. Em uma das festas que eram dadas pela mãe de Pamela, foram convidados algumas novas pessoas da cidade. Uma delas era Damon. Ele estava hospedado na casa do noivo de Pamela então eu já estava acostumada a vê-lo. Em uma dessas noites que eu o vi nós passamos a conversar e eu acabei me tornado uma amiga dele.”
“Dias depois quando eu estava voltando da loja de tecidos que eu tinha ido a pedido da Pâmela eu percebi que estava sendo seguida.Eram dois homens, eles estavam aparentemente bêbados e queriam o meu dinheiro, e eu não tinha muito, o que acabou os deixando obviamente irritados. Eu os senti batendo em mim, me machucando até que eu não agüentei e tudo ficou escuro”
“Acordei em um quarto desconhecido. Logo a me virar pude ver Damon sentado em uma poltrona ao lado da cama em que eu estava deitada. Ele parecia aflito mas minha preocupação com ele ficou em segundo plano quando eu senti que estava diferente.”
“Não demorou muito para ele me explicar o que tinha acontecido. Ele apesar de não demonstrar eu podia ver que ele estava se sentindo culpado. Não era a intenção dele me transformar, só que quando ele chegou a mim somente houve tempo para ele me dar seu sangue e meu coração parar com ele dentro do meu corpo.”
- Nossa... – disse surpresa.
- É... e isso porque minha transformação não foi dramática e nem violenta como tantas que eu ouço falar. – disse sorrindo levemente.
- Foi difícil se adaptar? – perguntei suavemente.
- Não... A parte mais difícil foi partir sem me despedir. Eu queria ficar com minha mãe, queria ver minha amiga se casando, mas eu logo percebi que não tinha controle suficiente para isso e muito menos agüentaria ficar e ver minha mãe me envelhecendo enquanto sofria por perder a única pessoa que ela tinha.
- Eu sinto muito Lara – senti minhas lagrimas escorrerem.
Edward quando foi transformado não estava deixando nenhuma família para traz, Alice não se lembrava de nada do passado, Carlisle encontrou um jeito de seguir em frente e salvar muitas vidas, Esme pulou porque não havia nada a perder. Mas todos eles tiveram uns aos outros, criaram uma família.Damon não tinha ninguém com quem contar, estava com ódio do irmão e a unia coisa que o motivava a continuar era seu amor por Katherine.
 Lara não... Ela tinha para quem voltar.
Mas ela não podia.
Senti uma admiração imensa nascendo em mim por essa garota. Como não deve ter a machucado ter uma vida e ter que abandoná-la. Ela era forte e altruísta.
- Não foi nada – disse Lara, também com os olhos molhados. – Era inevitável.
- Foi sim. – disse tentando parar minhas lagrimas. – Obrigada por me contar.
Senti seus braços em volta de mim e suas lagrimas molhando a pele do meu ombro através da toalha onde ala havia encostado a cabeça.
- Obrigada por me ouvir – sussurrou ainda chorando.
Eu somente a abracei forte, porque parecia ser isso que ela precisava e a deixei chorar enquanto eu a consolava.
-x-
- AAAH! Eu não disse que você ia ficar um arraso – disse batendo palmas enquanto eu me vi a no espelho.
Eu estava diferente... Acho que bonita. E com armas mortais e altas nos pés.
Depois que se acalmou Lara não parou quieta. Não me lembro nem de quantas roupas experimentei desde que ela começou a escolher o que eu iria vestir.
- Lara, eu acho melhor eu colocar outra coisa para andar. – falei enquanto olhava ara o que provavelmente causaria minha morte.
- Nem pensar! – exclamou ela – Você está perfeita.
Damon havia me ensinado a andar de saltos hoje durante as compras, mas agora com um deles nos meus pés eu não me sentia nem um pouco confiante para por em pratica o que havia aprendido.
- Vamos! Os garotos já estão impacientes e eu quero que você conheça meu namorado. – disse praticamente saltitando de animação enquanto saia pelo corredor. Peguei minha bolsa e a segui.
Fui a seguindo em passos lentos e pequenos, tomando todo a cuidado para não sofrer nenhum acidente. Principalmente para não rolar escada abaixo.
Quando chegamos na sala vi sentado no sofá um homem com um pequeno sorriso amigável. Ele parecia ter entre dezenove e vinte e um anos de idade era um pouco mais alto que Damon, com músculos esguios, traços fortes, os cabelos bagunçados da mesma cor dos de Lara davam a ele um ar despojado e os olhos azuis esverdeados que brilhavam ao olhar para Lara.
- Bella, esse é David meu namorado. Amor, essa é Bella – nos apresentou alegremente.
- Davis sorriu e eu disse:
- É um prazer conhecê-lo David, Lara falou muito de você – o cumprimentei com o meu comentário seus olhos se viraram automaticamente para ela.
- Prazer Bella. – disse ele, mas seus olhos não deixavam de olhar Lara com adoração.
- AH! Até que enfim as madames desceram, pensei que tinham se afogado com o vidro de perfume e eu teria que... – Damon parou de falar automaticamente quando olhou para mim.
Eu me senti corar ate a raiz dos cabelos com o olhar que ele me deu.
- Então Damon o que achou? Bella não está maravilhosa? – disse Lara, parecendo estar se divertindo com algo que eu não tinha mínima idéia do que era.
- Sim... – disse Damon parecendo estar sem fôlego – Você está incrível Bella.
- Obrigada – agradeci, sentindo meu rubor ficar cada vez mais forte.
- Você está de salto! – disse ele surpreso.
- Estou. Por enquanto não sofri nenhum acidente – comentei sorrindo.
- É claro que não, eu sou um bom professor. – falou, com seu meio sorriso habitual.
- Convencido – ouvimos Lara murmurar.
Eu e David rimos, enquanto eles provocavam um ao outro.
- Ah, vamos logo – disse Damon já indo em direção ao carro.
Estava andando em direção ao carro quando tropecei na calçada e cai de bunda do chão.
- Bella! – exclamaram eles e começaram a rir.
- Estava bom demais para ser verdade. – murmurei irritada.
- Ora Damon, parece que você não é tão professor assim afinal! –Lara não perdeu a chance de provocá-lo mais um pouco.
Ele suspirou e disse:
- Eu sou um vampiro, não um santo milagreiro.
- Damon! – exclamei.- Desculpe Bella – disse ele dando risada.
Eu só balancei minha cabeça e falei:
- Vamos embora logo.
Damon POV.
Bella.
“Você gosta dela.”
As palavras de Lara não saiam de minha cabeça. Eu sabia que elas não eram verdade, mas mesmo assim isso não mudava os efeitos que elas tinham em mim.
Depois das palavras que ela disse eu neguei aquilo sem parar. Era loucura, afinal Bella era minha melhor amiga, mas a cada minuto que passava eu sentia que as palavras de Lara tinham algum sentido.
A imagem de Bella na sala totalmente deslumbrante aparecia em minha mente toda vez que eu fechava os olhos.
Eu tentei não pensar nela desse modo o dia todo.Mas eu sabia que isso era normal, mesmo não sendo certo. Bella era linda era totalmente natural eu me sentir atraído por ela.
- Pensando no que eu te falei? – disse Lara se sentando na mesa de frente para mim.
- Não Lara. Já te disse que isso é loucura.  – respondi cansado.
- Não é loucura! Por Deus Damon, ela é perfeita para você. – exclamou irritada.
- Ela é minha melhor amiga, Lara. Quando eu a conheci ela estava totalmente destruída por dentro, eu estava destruído! Nós estamos tão quebrados, Lara. Nós estamos nos reconstruindo juntos, precisamos um do outro, mas isso não significa que eu seja apaixonado por ela.
- Está bem Damon... Agora eu quero que você olhe para mim negue que você pelo menos não  a deseja.
Prendi a respiração. Eu não conseguiria mentir para ela nesse ponto. Isso era algo que eu não podia negar nem para mim mesmo.
- Eu não posso dizer que não a desejo. É impossível alguém conhecê-la e não desejá-la. – confessei.
Com isso ela sorriu.
- Por que você não tenta ...
Santo Deus! Ela não desistia.
- Pare com isso Lara! – eu a cortei, começando a ficar nervoso – Bella é só minha amiga, é a pessoa que eu mais amo... – depois daquela vampira vadia e egocêntrica – mas ainda assim é minha amiga. – disse mais calmo.
- Tudo bem Damon. Eu não falo mais nada. Se você quer continuar se enganando, o problema é seu. – falou irritada, mas então seus olhos se arregalaram e sua expressão mudou totalmente. Um brilho travesso surgiu em seus olhos verdes e um sorriso malicioso foi se espalhando por seus lábios.
Ela olhava um ponto atrás de mim muito entretida e antes eu me virasse para olhar, ela disse:
- Bem... Pelo menos ela eu sei que sozinha ela só fica se quiser – comentou divertida.
Meus olhos foram para a mesma direção dos dela, e confesso que não gostei do que vi.
Bella estava conversando com um garoto, que apesar de ela não parecer perceber estava obviamente dando em cima dela. E como eu já havia dito...
Eu não gostei nem um pouco.

Bella POV.
- Eu nunca te vi por aqui – falou Ryan com seu sorriso amigável, que mesmo estando com ele a apenas alguns minutos já havia me acostumado.
- Eu não sou daqui – respondi simplesmente, um pouco entediada.
- Dá onde você é? – perguntou ele.
Eu suspirei.
Havia vindo aqui pedir uma porção de batatas fritas, não havia nem sentado no banco do balcão direito e Ryan havia aparecido e se apresentado, estão ele desandou a falar.
Eu estava me sentindo incomodada. Eu não me sentia a vontade com ele, mas tentava ser agradável.
- De Forks – falei , torcendo para que ele sentisse meu tédio e fosse embora.
- É longe daqui? – continuou perguntando.
- É em Washington. – respondi.
- Nossa! E o que uma garota tão bonita está fazendo sozinha tão longe de casa? – perguntou divertido
Estava me preparando para me responder quando uma voz vinda de trás de mim respondeu.
- Ela não está sozinha. – falou Damon com um tom serio.
- Eu não sabia.  – disse Ryan que de um momento ara outro estava morrendo de medo.
- Agora já sabe. – falou grosso.
- O-ok – gaguejou Ryan – Tchau Isabella, foi bom falar com você. – se despediu deixando o lugar ao meu lado rapidamente.
- O que foi isso? – perguntei surpresa.
- Ele estava incomodando você. – disse simplesmente parecendo estar um pouco constrangido.
Eu ia falar que não era necessário assustar Ryan por isso, quando minhas batatas fritas finalmente chegaram.
- Obrigada. – agradeci ao barman.
- Por nada. – disse ele saindo e indo atender outros clientes.
- As batatas daqui são as melhores. – falou Damon pegando uma.
- Eu percebi. – disse saboreando uma delas.
Damon só riu e pegou mais algumas batatas.
Já tínhamos devorado a metade das batatas quando a banda começou a tocar uma musica romântica.
Starring out at the rain with a heavy heart
It's the end of the world in my mind
Then your voice pulls me back
Like a wake-up call

Assistindo a chuva com um coração pesado
É o fim do mundo na minha mente
E sua voz me puxa para traz
Como um grito de alegria

- Vem. – disse Damon, de repente me puxando para o meio dos casais que dançavam.
- Damon, o que você está fazendo? – perguntei nervosa me apoiando nele olhando os casais que nos rodeavam.
- Por enquanto nada, mas agora nós vamos dançar. – falou aproximando meu corpo do dele e segurando firmemente minha cintura.
- Eu não sei dançar, Damon – falei sentindo minhas pernas tremerem.
- Todos sabem dançar Bella. – falou ele. Então se abaixou e murmurou em meu ouvido em meu ouvido – Feche os olhos.
E eu os fechei.
I've been looking for the answer
Somewhere
I couldn't see that it was right there
But now I know, what I didn't know

Eu estive procurando por respostas
Em alguns lugares
Eu não podia ver que estava bem ali
Mas agora sei o que não sabia antes

Senti ele movendo minhas mãos para segurar em seus ombros grudando meu corpo no dele. Então eu estava em seus braços de novo.
- Só sinta Bella. – falou ele baixo, começando a nos mover.
Eu me movia junto com ele, sem tropeçar ou pisar em seus pés. Ele estava segurando firmemente minha cintura, fazendo eu me sentir segura.
Os braços dele que envolviam minha cintura me aqueciam, me fazendo sentir coisas que eu nunca havia sentido.
Because you live and breathe
Because you make me believe in myself
When nobody else can help
Because you live girl
My world...
Has twice as many stars in the sky

Porque você vive e respira
Porque você me fez acreditar em mim mesmo
Quando ninguém mais podia ajudar
Porque você vive garota
Meu mundo...
Tem duas vezes mais estrelas que o céu

- Eu disse que você podia. – falou Damon.
- Eu estou dançando. – falei tolamente.
- Você está dançando. – confirmou Damon rindo.
Era inacreditável. Eu sentia meu corpo se movendo no ritmo da musica graciosamente. Eu não estava com medo se cair ou me machucar, eu sabia que Damon não me deixaria cair e isso me dava confiança para continuar só sentindo a musica penetrando todos os meus poros.

It's all right. I survived. I'm alive again.
'Cause of you, made it through every storm
What is life? What's the use?
If you're killing time

Está tudo certo, eu sobrevivi,estou vivo novamente
Por sua causa, eu superei cada tempestade
O que é a vida? Qual é o sentido de tudo?
Se você está matando


- Obrigada – disse a ele. – Não conseguiria sem você.
- De nada, Bells. – disse ele, e fiquei surpresa em ver culpa e tristeza em seu rosto. – É bom saber que pude fazer o certo para alguém que eu gosto pelo menos uma vez.
Não demorei muito para perceber do que ele estava falando. Lara.
- Você ouviu. – declarei.
- Foi sem querer. – disse ele. Eu arqueei uma das minhas sobrancelhas para ele. – Ok... Não foi tão sem querer assim.

I'm so glad I found an angel
Someone...
Who was there when all my hopes fell
I wanna fly looking in your eyes

Estou muito feliz pois achei um anjo
Alguém...
Que estava lá quando não tinha mais esperanças
Eu quero voar olhando nos seus olhos

- Não foi sua culpa. – falei acariciando seus cabelos. – Você a salvou.
- Eu sei. Mas não consigo deixar de me sentir mal por isso. – falou chateado.
- Você também me salvou. – falei para ele, então dei um meio sorriso. – Você precisa tomar cuidado para isso não se espalhar, eu ate imagino quantas garotas iam se por em perigo só pra serem salvas por você, e terem s sorte de virar suas amigas.
Com isso ele riu.
- Eu podia salvar mil garotas por dia Bella... – disse ele suavemente perfurando – Mas nenhuma delas importariam para mim tudo o que você importa.

Because you live and breathe
Because you make me believe in myself
When nobody else can help
Because you live girl
My world...
Has twice as many stars in the sky

Porque você vive e respira
Porque você me fez acreditar em mim mesmo
Quando ninguém mais podia ajudar
Porque você vive garota
Meu mundo...
Tem duas vezes mais estrelas que o céu

Meu coração acelerou e eu senti minha respiração ficar ruidosa. Eu vi seus olhos brilharem enquanto seu rosto se aproximava do meu. Eu já podia sentir sua respiração em meu rosto e de repente parecia que nada mais existia e só nós dois estávamos no meio daquela pista de dança com a musica tocando e deixando tudo mais intenso.
Quando seus lábios estavam a milímetros de encostarem nos meus, meu cérebro me alertou do que nós estávamos fazendo.

Because you live... I live

Por que você vive...Eu vivo

- Damon... – eu falei, mas ele não se afastou como pensei que faria.

Because you live, there's a reason why
I carry on when I lose the fight
I want to give what you've given me
Always...


Por que você vive, existe uma razão porque
Eu sigo em frente quando perco a luta
Eu quero te dar o que você está dando
Sempre...

- Bella – ele sussurrou suavemente enquanto roçou seus lábios nos meus.
Eu suspirei.
- O que estamos fazendo? – perguntei estupidamente deslumbrada pelo jeito que ele me olhava.
- Eu não sei. Você quer parar? – perguntou ele.
Meu cérebro gritou para mim que parar era o certo, ma uma parte involuntária de mim foi mais forte e deu a resposta que ia me levar ao que eu mais queria agora.
- Não...
Então sem precisar de mais nada seus lábios estavam grudados nos meus.

Because you live and breathe
Because you make me believe in myself
When nobody else can help
Because you live girl
My world...
                                                                 Has twice as many stars in the sky        


Porque você vive e respira
Porque você me fez acreditar em mim mesmo
Quando ninguém mais podia ajudar
Porque você vive garota
Meu mundo...
Tem duas vezes mais estrelas que o céu

Ele sugou meu lábio inferior suavemente como se estivesse me provando e sua língua pediu permissão para entrar em meus lábios. Nossos lábios se encaixavam com perfeição e nossas línguas primeiro se tocavam timidamente como se estivessem se conhecendo e depois com necessidade, como se quisessem isso a muito tempo.

Because you live and breathe
Because you make me believe in myself
When nobody else can help
Because you live girl…

Porque você vive e respira
Porque você me fez acreditar em mim mesmo
Quando ninguém mais podia ajudar
Porque você vive garota ...

Não existia hesitação no jeito que nossos lábios se moviam e o ar havia se tornado algo supérfluo perto dos lábios de Damon. Não existia nada que eu quisesse mais que isso, Damon, o jeito que ele me apertava, seu cheiro, seus sábios era tudo o que importava no momento. Ele estava em cada pensamento, em cada reação... Naquele momento não existia nada que não fosse ele.
Seus lábios eram a perfeição. A paixão dele me aquecia e me queimava, fazia eu me sentir fria e quente ao mesmo tempo, eu segurava firmemente os cabelos do Damon o impedindo de parar com medo de que essas sensações fossem embora com o beijo.

My world...
Has everything I need to survive
because you live... I live, I live

Meu mundo...
Tem tudo o que eu preciso pra viver
Por que você vive...Eu vivo...Eu vivo

Eu não conseguia parar. Isso de repente pareceu ser tudo o que eu precisava para viver. Não parecia errado, era certo. Eu não tinha como impedir aquelas sensações que explodiam em mim, ou todas as cores brilhantes que rodavam por trás de minhas pálpebras. Eu sentia que aquilo que estava acontecendo era inevitável. Pois eu não queria evitar... Não mais.


N/A: Hey pessoal!
Mais um capítulo como prometi a vocês ^^
Beijinhos e até amnha