"Minhas primeiras memórias envolvem ter pessoas me contando mitos gregos de um livro infantil e uma dor, somente uma dor para eu achar a magia por mim própria. Eu procurava por ela em todo lugar e era esmagada toda a vez que não a encontrava. Eu estava certo de que a acharia durante meu sétimo ano porque sete é um número muito mágico. Quando isso passou e eu não a havia achado, eu decidi que nove era três vezes três e tão mágico quanto sete. Sem sorte. Eu fixei minhas últimas esperanças aos doze ou treze, ambos muito mágicos. Quando eles se foram sem eu achar nenhum guarda-roupa que me levaria para Nárnia, ou um buraco pelo qual eu chegaria no País das Maravilhas ou feitiço que me transferiria para o centro da Terra, eu percebi com toda a certeza que eu iria continuar o que eu estive fazendo o tempo todo: fazendo mágica para mim mesma. Então, sim, eu gosto de escrever sobre o sobrenatural ainda que eu adoraria achar um pouco de mágica de verdade para mim." – L. J. Smith

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

LM - Extra I


- Extra I -
O Inicio do Caos
O apartamento estava vazio quando ela chegou e enquanto esperava sua cúmplice chegar ela resolveu apreciar o uísque que havia comprado. No caminho para a cozinha ela capturou sua imagem no espelho do corredor da sala. Sorriu enquanto admirava seu próprio reflexo
Ela era uma beldade e sabia disso. Sabia também que não era só isso, a vida a ensinou que beleza não é tudo. Que você podia ser bonita e rica mas se não tivesse bons instintos, fosse inteligente e astuta de nada valiam qualquer riqueza ou beleza que tivesse.
O tempo havia tirado tudo de bom e puro que havia nela. Não era mais a garota inocente do vilarejo pobre da Bulgária. Havia mudado muito, as circunstancias haviam exigido que ela mudasse.
Katherine sorriu deliciada com a própria imagem ao arrumar uma dobra imaginaria no seu próprio vestido. A roupa que usava não era apropriada para o tempo, mas graças às dádivas vampíricas o frio não a afetava do mesmo modo que afetava a humanos.
Cansada de se olhar Katherine continuou seu caminho em direção a cozinha para pegar um copo de uísque. Enquanto se servia a porta se abriu e sua cúmplice entrou.
Os cabelos de um tom similar a um laranja flamejante lhe causaram inveja, assim como o corpo voluptuoso. A vampira se mostra satisfeita enquanto se senta em frente a Katherine. Os olhos rubros na face delicada e imortal brilharam de modo maligno e com desprezo ao olha-la. Katherine não se intimidou e sorriu. Sua cúmplice, Victoria, era uma imortal formidável e com uma aura malevolência que beirava a loucura, digna de admiração, mas isso não mudava a realidade. Ela estava vingando a morte de um parceiro que ela não via, mas a havia tratado como um mero objeto útil, isso para Katherine acabava com qualquer admiração que pudesse ter por ela.
- Então? – Katherine perguntou com um sorriso lento.
Vitoria a olhou e não pode deixar de reparar em seu bom gosto. Logo depois que fizeram o acordo Katherine deu a ela uma copia da chave de seu apartamento e providenciou para ela um vestuário moderno, elegante e selvagem de marcas famosas mundialmente. Sabia que aquilo não era necessário, era uma nômade e dificilmente vestia algo mais sofisticado do que se vendia em uma pequena loja de departamentos aleatória, mas sentia uma satisfação grandiosa por estar vestida com aquelas roupas.
- Está tudo bem lá por Los Angeles – respondeu Victoria dispensando a cordialidade – Agora os dois estão indo para Forks visitar o pai de Isabella. Falei com Laurent, realmente parece que o tipo de vocês nublam as visões da Cullen vidente. Ele ouviu uma conversa das Denali, parece que a vidente esta começando a se preocupar com isso.
- Perfeito! – Katherine comentou com um sorriso satisfeito – Em Paris tudo também está calmo, eles não desconfiam de nada. – fez uma careta de desgosto – Stefan estava envolvido demais no clima de romance para me notar.
Victoria rolou os olhos e continuou.
- Os vampiros que estavam trancados na tumba também já estão soltos e como você me falou, estão com raiva e começando a tramar uma vingança.
- Bom – Katherine assentiu com a cabeça – Vamos precisar disso, depois temos que voltar para ver a quanto andam as coisas.
- Vou começar a organizar meu exercito em Seattle – anunciou.
- Faça isso – concordou Katherine – Tenho que me livrar daqueles vampiros da tumba, já tenho tudo planejado para isso.  Nesse mesmo dia vamos começar a por nossos planos em pratica.
- Quando? – perguntou Victoria.
- No Dia dos Fundadores, você faz o que tem que fazer. – Victoria sorriu maldosa e ansiosa -  Eu irei ficar mais uns dias ainda irei precisar despertar algumas coisas por lá, depois disso é só esperar. Vai ter sua vingança Victoria.
Victoria sorriu satisfeita .
“Vai ter sua vingança Victoria, vai pagar com sua vida por ela. E eu irei ter o que sempre quis” – Katherine disse para si mesma em pensamento antes de sorrir discretamente.

N/A: Hey babies!
Terminei o ensino médio e com um monte de provas finais e vestibulares para fazer eu acabei deixando minhas fanfics meio de lado, mas agora é férias e eu prometo que vou tentar me dedicar mais a elas.
Esse extra é só para dar a vocês um pequeno gostinho do que esta por vir *risada maligna*
Preciso finalizar o  próximo capítulo e passa-lo para o PC, mas já preparei um spoiler para vocês, mais tarde eu posto ele no blog.
Beijinhos

quarta-feira, 6 de junho de 2012

LA - Capítulo Dois


Capitulo Dois
E já estava convencida de que não iria topar com ninguém quando ouvi uma voz suave como veludo, vindo de algum lugar atrás de mim:
- Algo me diz que você não deveria estar aqui.
Me virei procurando o dono da voz e meus olhos ficaram presos em outro par de olhos.E eu fiquei estupidamente deslumbrada.
-x-
Oregon, Salem
Bella PDV.
Ele era lindo. Estava encostado em uma das arvores olhando curioso para mim como se eu fosse uma espécie de laboratório a ser estudada. Dava para ver que ele era alto, mais ou menos um metro e novena acho? Não sei, mais era por ai.
Ele era musculoso, não tanto quanto Felix, mas eu podia muito bem perceber seu abdômen definido mesmo com ele vestindo camisa. E era um abdômen e tanto! Daqueles que eram bons para se aconchegar e ficar abraçadas... Meu Deus! O que eu estou pensando?
O rosto dele parecia o rosto de um anjo.Eu estava acostumada a ver belezas sobrenaturais, tinha convivido com elas por toda a minha vida, mas ele parecia ter algo a mais... Seus traços eram bem marcados e angulosos, tinha um queixo firme, uma boca carnuda e bem delineada e vermelha. Mais o que mais me chamou atenção foram os olhos. Verdes como esmeralda. Não, nem esmeraldas eram tão bonitas como os olhos dele.
Percebi que ele continuava a me analisar, minhas bochechas automaticamente coraram e ele pareceu incrivelmente vidrado nisso.
- O que te faz pensar isso? – perguntei tentando não parecer tão nervosa quanto eu estava.
- Talvez porque você estava correndo como se sua vida dependesse disso. – disse sorrindo levemente sem ter ideia do quanto estava correto. – ou por você não parecer humana e nem uma vampira evoluída.
- Eu sou diferente. – disse simplesmente.
- Eu percebi. – disse calmo mais com os olhos ainda queimando de curiosidade.
Eu simplesmente não conseguia tirar meus olhos dos dele, e não só porque eles eram os olhos mais lindos que já havia visto. Eu sentia que estava presa a eles, que poderia passar toda a eternidade só olhando para eles.
Eu sabia que não devia estar aqui. Deveria continuar correndo como uma louca, afinal como ele disse, minha vida dependia disso. Mas eu não conseguia. Irracionalmente eu sentia que devia ficar perto dele.
Me obriguei a ser racional e desviei meus olhos dos dele acabando com a conexão estranha que tinha se formado.
- Desculpe. – disse ele, abaixando os olhos e dando um sorriso constrangido.
Por que ele estava se desculpando afinal?
 – Sei que não é educado ficar encarando as pessoas. – disse em tom de explicação. Ele provavelmente deve ter visto minha cara de confusa.
- Ah, claro! Me desculpe você também. – me desculpei. Afinal ele não era o único que havia feito isso.
- Tudo bem. – disse calmo.
Ajeitei a mochila nas minhas costas me forçando a esquecer dessa necessidade irracional que eu tinha de ficar perto dele.
- Bem, agora eu tenho que ir. – disse, já pensando que os guardas do meu pai já deveriam ter percebido que eu fugi.
- Mas já? – perguntou ansioso.
- Sim. – disse triste, não sabendo o porquê da tristeza.
- Qual é o seu nome? – perguntou me pegando de surpresa.
- Isabella, mas pode me chamar de Bella. – disse, com uma vontade estranha de ouvir meu apelido saindo daqueles lábios, por aquela voz aveludada.
 Minha vontade foi feita em menos de dois segundos.
- Meu nome é Edward, Bella. – disse com aquela voz incrivelmente suave, dizendo meu nome num tom incrivelmente acariciante.
- Foi bom falar com você, Edward. – ignorei o estranho aperto no peito e tentei me concentrar na forma como seu nome dançava em meus lábios. – Agora eu realmente tenho que ir. – disse enquanto me virava para começar a correr.
- Espere! – disse ele parecendo desesperado.
E mesmo sabendo que não devia... eu esperei.

Edward PDV.
Eu nunca duvidava da minha mãe. Eu havia aprendido isso quando ainda era criança. Não sabia se isso era algum dom ou simplesmente um sexto sentido perfeito que nunca errava. Só sabia que nunca errava.
Ela sabia exatamente quando algo iria acontecer comigo. Quando estava com oito anos e ia sair para o parque perto de casa, em nossa área permitida, lembro que minha mão implorou para eu ter cuidado como se sentisse algo. Horas depois eu fui levado para um hospital com um braço quebrado.
 Não que tenha demorado para se curar ou eu tivesse algo permanente, mas a dor na hora e pelo menos pelos próximos quarenta minutos não foi nem um pouco agradável.
Aos dez anos minha mão estava nervosa e fragilizada como se algo fosse acontecer. Poucas horas depois eu vi pela primeira vez como a arrogância e o senso de grandeza de alguns originais poderiam ser fatais.
Alguns meses depois minha mãe estava temerosa, dizendo para eu não me meter em confusões que não fossem minhas. Horas depois no meu colégio vi pela primeira vez a poderosa realeza Volturi. Nunca esqueci da brutalidade daqueles originais. Talvez porque os alvos deles fossem meu melhor amigo e sua família.
Há um mês minha mãe estava pulando de felicidade como se algo muito bom fosse acontecer. Nós recebemos nossa autorização do Clã Volturi para sair dos seus domínios e partir para outro domínio de outro estado ou cidade, ou simplesmente partir para uma cidade neutra do país.
No máximo em um mês estaríamos mudando para uma cidade neutra.
Esses foram só alguns dos instintos da minha mãe. Por isso quando ela disse que hoje um pouco antes de eu ir relaxar no meu lugar favorito dentro dos domínios, em alguma arvore perto das montanhas que barravam os nossos limites, que algo iria acontecer, algo que ira mudar minha vida para sempre, eu me coloquei em alerta máxima.
Agora sentado no alto da minha arvore favorita, podendo ter uma visão privilegiada não só dos meus domínios, mas também de um mundo desconhecido alem disso e vendo tudo isso na maior paz, eu realmente comecei a duvidar.
Isso até vê-la.
Sentado aqui no alto eu podia vê-la ao longe, correndo como se sua vida dependesse disso. Ao chegar mais perto eu pude ver sua face de perto. Em seu rosto eram demonstrados uma grande variação de sentimentos: Raiva, confusão, medo, amor, desespero. Em seus olhos brilhavam uma imensa determinação. Um tipo de determinação que lembrava a determinação de como uma pessoa resolvia lutar por sua vida.
E foi isso que me fez olhar verdadeiramente para ela.
Ela era linda. Não, linda era muito pouco para descrevê-la.
Não era por pouco que minha tinha me falado que algo iria mudar minha vida. Essa beleza podia certamente virar o mundo de qualquer um de cabeça para baixo.
Não era muito alta, no máximo teria 1,60 de altura. Seu corpo era magro, com uma cintura finíssima e um quadril largo e proporcional ao corpo assim como as curvas. Elas não eram nem grandes nem pequenas. Seu corpo era perfeito.  Os cabelos longos que batiam em sua cintura não paravam quietos por causa do vento. Seus fios ondulados com grossos cachos nas pontas eram uma mistura de vermelho com um castanho. Castanho avermelhado. Aqueles cabelos me lembravam tantas coisas... Mogno, chocolate com canela
O rosto era tão perfeito. Suave e delicado. Tinha um nariz pequeno e arrebitado, as maçãs do rosto eram altas e estavam coradas por causa do vento, sobrancelhas finas cor de mogno assim como os cílios longos, uma boca pequena e rubra. Os olhos eram expressivos, doces e pareciam tão... confusos. Castanhos como chocolate.
Era beleza demais para ela ser uma simples humana.
E já estava partindo. Eu pensei rápido, não sabia o porquê, só sabia que não podia deixa-la ir. Ela parecia frágil demais, não gostava de pensar no que aconteceria com ela andando sozinha por aqui. Então sem pensar nas consequências eu disse:
- Vamos pra minha casa, você parece estar cansada, você aproveita e descansa um pouco porque parece que você vai cair no chão ao qualquer momento. – eu a convidei amistoso
Ótimo, talvez fosse a loucura que fosse mudar minha vida para sempre. Eu estava mesmo convidando uma completa desconhecida para minha casa? Ao que parece eu estava.
Ela hesitou deu uma olhada ao redor como se esperasse algum Original saltar de uma arvore. Isso me fez ter certeza de que ela estava fugindo, eu só não tinha ideia de quem, e tinha medo de saber.
_
Em poucos minutos de corrida no chegamos a minha casa. Apesar de viver nos domínios, graças a novas leis que foram implantadas pelo rei dos vampiros atual, nós Evoluídos vivíamos com bastante conforto e segurança apesar de haver muita intolerância. Aro Volturi me parecia ser um bom homem, diferente e mais justo do que qualquer rei que eu havia visto até agora. O único que pensou em nós como um todo e não um monte de súditos separados por sua natureza. Por causa disso, hoje meus pais eram formados em uma faculdade de renome, um lugar que séculos atrás eles não poderiam nem pisar. Graças a isso hoje meu pai era um medico que trabalhava no hospital de Salem e minha mãe uma decoradora de interiores reconhecida.
Abria porta de casa para Bella e em seguida peguei a mala de suas costas.
- Obrigada – ela agradeceu
- De nada. Agora venha, vou te levar pro meu quarto. Tenho um banheiro só meu e você pode o usar enquanto eu preparo algo para nós comermos.
Ela apenas assentiu com a cabeça e me seguiu enquanto eu subia as escadas. Caminhando pelo corredor agradeci mentalmente minha mãe me ter feito arrumar o quarto antes de sair. Abria a porta do mesmo e acenei para ela entrar primeiro. Ela o olhou parecendo se sentir meio deslocada.
Deixei sua mala em minha cama e falei:
- Vou estar lá embaixo qualquer coisa que você precise é só descer as escadas e seguir a direita. – disse – Aquele é o banheiro – disse acenando para uma porta ao lado de meu armário.
- Espere um momento – pedi
Sai do quarto e com minha velocidade natural fui até o armário que ficava no meio do corredor. O abrindo peguei uma enorme toalha felpuda preta, não podendo deixar de pensar em como essa cor teria um contraste incrível com sua pele cor de creme.
Voltei ao quarto e lhe entreguei a toalha.
- Aqui está, acredito que há uma um pouco menor debaixo da pia caso você queira uma para secar seus cabelos. – falei olhando imediatamente para as ondas cor de canela.
- Muito obrigada, Edward – ela sorriu e eu apenas balancei a cabeça.
Ela me olhou parecendo extremamente agradecida e somente assentiu.
- Sinta-se a vontade – disse com um meio sorriso no rosto que pareceu fazê-la relaxar enquanto eu saia do quarto.
Bella PDV.
Enrolada na toalha que Edward havia me oferecido eu sai do banheiro. O quarto dele não era muito grande, mas era extremamente organizado.
Suspirei e me sentei na cama onde a grande mala estava. Só agora podia perceber os emblemas da Louis Vuitton na mala que não era nem um pouco adequada para carregar do modo come eu havia feito. Resolvi abri-la e ver o que havia dentro.
A primeira coisa que vi foi um envelope branco e de aparência sofisticada. O abri rapidamente e logo vi a caligrafia elegante de minha tia.

Olá minha querida, se você está lendo isso significa que o que mais temíamos aconteceu. E você não sabe o quanto eu e Marcus sentimos por isso. Nós tivemos algum trabalho para prepararmos isso para você, mas nessa mala há tudo o que você irá precisar para sua jornada até a Forks  e se você perceber também é vai ser uma fonte preciosa.
Nessa mala há uma pasta contendo documentos falsos como identidade, históricos que você irá precisar. Há também um dossiê completo que foi criado com muito cuidado para você saber sobre seu “novo eu”.
Graças a nova identidade que criamos você terá uma Credencial Especial Autorizada. É como uma credencial comum mas sua única diferença é que ela passou por todos os governos do planeta o que significa que não há nenhum lugar para onde você não possa ir  Há também todos itens necessários para você se arrumar se acordo com seu novo disfarce.
Quando chegar a Forks procure por Carlisle Cullen. Ele é um grande amigo meu e de seu tio e está pronto para abrigar você. Ele e sua mulher sabem de tudo, sua filha é a única que não estará ciente das circunstancias em que você se encontra, por isso procure ler o dossiê antes de chegar por lá e tome cuidado com ela.
Cuide-se querida, te desejo sorte e saiba a amaremos como a filha que nunca tivemos.
- D

A dobrei novamente colocando dentro do envelope e a guardai na mala. Resolvi ver o eu mais havia na mala e logo vi a pasta de couro discreta que guardava todo o meu futuro. Dentro dela havia tudo que tia Didyme havia falado e muito mais. Diplomas, certidões, passaportes e até fotos, mas meu interesse estava nas folhas impressas e encardenadas do dossiê que havia sido mandado.
Pondo ele de lado resolvi me vestir. As roupas eram exatamente do meu tamanho, mas não se pareciam em nada com roupas em que eu me vestiria. Eram joviais, mas de um modo extremamente sofisticado. Parecia muito com as roupas que mamãe insistia para eu vestir.
Perguntei-me se ela sentia minha falta ou se queria me ver morta. Sulpicia era a mãe perfeita e super protetora, como eu acreditava que qualquer mãe devia ser, mesmo que ela também fosse rainha. Ela sempre esteve lá para mim e eu queria acreditar que isso não havia mudado.
Pensei em onde ela estaria, não só ela, mas toda a minha família. Essa era a temporada em que o Rei e a Rainha dos Vampiros visitavam cada estado e seus domínios do país onde estavam. Normalmente enquanto papai e mamãe viajavam eu ficaria em uma de nossas casas nos estados principais, de Nevada em Las Vegas, a cidade de Nova Iorque ou Washington DC, mas como logo faria dezoito anos e teria que assumir algumas responsabilidades resolvi ir com eles. Estávamos na cúpula do estado de Oregon em Salem quando aconteceu. O pergaminho mágico em que estava escrita a profecia da Lua Azul estava no subsolo da cúpula. Eu já havia vindo a Salem algumas vezes, adorava o lugar, sua mitologia e os inúmeros festivais, já havia estado na cúpula, mas nunca em seu subsolo. Perguntei-me se seria melhor se eu nunca tivesse posto meus pés por lá.
Fortes batidas na porta interromperam meus pensamentos.
- Pode entrar – falei alto
Edward entrou pela porta. Ele me observava com olhos indecifráveis parecendo me analisar, procurar por algo.
- Obrigada – eu agradeci tentando acabar com o silencio incomodo – O banho estava ótimo. Eu sei que você fez comida, mas eu só vou terminar aqui e vou partir, não posso ficar muito tempo.
- Eu imagino que sim... Isabella Volturi – ele disse frio

­_
Nevada, Las Vegas – 4 horas depois
- Como assim ela fugiu? – Aro perguntou furioso ao guarda.
- Acreditamos que ela por um dos tuneis – respondeu temeroso o guarda.
Aro fechou os olhos. Ele se lembrava de sua princesa gostar de brincar por aqueles tuneis que levavam ao subsolo. Sulpicia sempre ficava louca quando ela aparecia com os vestidos sujos de lama. Aro sentiu seus olhos se encherem de lagrimas.
- Saia, quero ficar sozinho – ele murmurou com a voz embargada.
O guarda se retirou em um instante e com isso Aro desmoronou no sofá de veludo vermelho de seu escritório. Estava assustado com tudo, mas principalmente consigo mesmo. Lembrou-se do quão facilmente havia concordado com Caius e ordenado sem pensar a morte de sua filha aos berros, lembrou-se do horror nas feições de sua esposa, na revolta e medo de sua irmã Didyme e seu cunhado Marcus.
- Aro – a voz fria e indiferente de sua companheira fez seu coração se apertar.
Ela nunca havia falado com ele desse modo. Sulpicia era sempre doce e meiga, mas não dessa vez. Sua voz estava cheia de magoa e ela parecia pronta para dilacera-lo.
- Querida eu... – ela o olhou com tanto desprezo que ele sentiu suas palavras morrerem. Não havia nada que poderia falar, mas mesmo assim ele tentou – Eu revoguei a ordem, ninguém irá encostar em nossa filha.
Sulpicia gargalhou. Era um som amargo, cheio de fúria e desespero.
- Você revogou, Aro – ele soluçou e então berrou  - Essa ordem nunca devia ter sido dada! Nossa própria filha, Aro. Nossa menininha.
- Eu estava assustado – ele tentou se explicar inutilmente. – Eu não pensei.
- Tenho certeza que não! – disse ela mortalmente.
Sulpicia internamente sofria por ele. Ela sabia que as coisas não seriam fáceis. Eles estavam controlando, mas logo a noticia vazaria mundialmente e todos saberiam que sua filha foi a escolhida da profecia da Lua Azul. Ia ser um pandemônio. Cada Original ganancioso no poder exigiria a Aro a morte de Bella, não importando as circunstancias.
Não sabia quem havia ajudado sua filha a fugir, quem desconfiava do que iria acontecer, mas fosse quem fosse lhe seria eternamente grata. Seu coração se congelava só de pensar no que teria acontecido se sua filha estivesse no castelo no momento em que a ordem havia sido dada.
_
Caius andava de um lado para o outro furioso em seu quarto. Não tinha ideia de para onde Isabella havia ido e nem como havia fugido. Não tinha nem ideia de como começar a procura-la. Seus quatro guardas de mais confiança, Laurent, Boris, James e Raoul ficaram alertas e temerosos com o humor volátil do chefe.
Chamou seu próprio guarda mais leal, não podia deixar que ninguém descobrisse o que estava fazendo pelas costas do Rei. Caius sabia que mesmo depois de quatro horas Isabella ainda não havia deixado o estado Oregon. Ela não poderia sem documentos e sua foto estava em toda mídia aparecendo de vinte e vinte minutos, não entendia a demora que todos tinham em pegá-la. Mas não a perderia por descuido e por isso pensou nas primeiras pessoas para quem ela ligaria se tivesse problema de deu as ordens.
- Vocês irão viajar. Marcus e Didyme são os primeiros a quem Isabella recorreria e pelo o que eu os conheço vão para Washington D.C junto com Aro e Sulpicia e o resto de sua guarda amanha, James você vai junto com eles. Vai ser mandado para lá em meu nome como um reforço para ajudar na busca de Isabella. Pode levar Victoria junto consigo, mas não se atreva a dizer uma palavra do que foi dito neste quarto.
James assentiu rapidamente com a cabeça. Hoje não era um dia em que devia provocar o chefe.
- Boris você vai para Paris, quero que fique de olho no namorado de Isabella, Jonathan Alan Claude. Se fique atento a todas suas ligações, não tire os olhos dele.
- Sim, mestre – Boris respondeu calmamente.
- Raoul, quero que aproxime-se de Heidi Shawn, pelas informações que eu recebi ela esta na Suíça em Zurique. Ela é a melhor amiga de Isabella.
- Senhor e se ela não permitir a aproximação? – Raoul perguntou temeroso
- Arranje um jeito! Não ouse me dar desculpas! – Caius berrou ensandecido
- Entendido senhor – a voz de Raoul tremeu
-Laurent, sei que não é rastreador, mas preciso que você a rastreie, vire esse país de ponta a ponta, mas ache Isabella.
- Irei encontra-la senhor – Laurent disse confiante.
- É bom que encontre... – ele não precisou terminar, a ameaça era clara.
_
Caius se sentia muito mais calmo enquanto tomava uma taça cheia de sangue. Sentado confortavelmente em sua poltrona vermelha ele marcava uma passagem para voltar para Berlin. Não via hora de deixar os Estados Unidos, mesmo que isso significasse ter que aguentar sua esposa inútil, Athenodora.
Caius ouviu tímidas batidas na porta e mandou que entrassem, já sabia quem era. Hilda Banks e Annie Jolene entraram vestidas com delicadas camisolas negras no quarto. Em seus rostos sorrisos maliciosos e olhares expectativa.
As duas pareciam ter corpos que haviam sido esculpidos, lindos os bastante para deixar Caius se deixar levar e imaginar os corpos das duas mulheres que nunca teve e as que sempre desejou.
Hilda tinha o corpo com as curvas extremamente delicadas e cheias, suas feições que pareciam as de um anjo. Os olhos azuis acinzentados amendoados o obervava ansiosamente os cabelos loiros arruivados caiam ondulado. Caius via nela a imagem da mulher amada perdida. Um anjo que devia ser idolatrada e cultuada.
Annie era um pouco mais juvenil do que Hilda, seu rosto emoldurado por longos e lisos cabelos castanhos ainda preservava um pouco da inocência que outrora tivera. A pele era cor de mel, os traços levemente orientais, exóticos e os olhos pequenos de um castanho esverdeado intenso, o corpo pequeno e miúdo. Caius tinha ciência de que Annie e a menina-mulher que desejava eram muito diferentes, mas ele não se importava só queria alguém em que pudesse descontar sua raiva.
Enquanto dedicava todos os seus sentimentos puros a primeira a segunda era destinada sua obsessão e o desejo nocivo. A primeira era pura enquanto a segunda havia herdado toda a sujeira do homem que havia tocado do seu anjo. Hilda e Annie somente aguentavam as consequências do amor e desejo doentio de Caius por duas mulheres que elas desconheciam.
Logo as duas seguiam em sua direção e deixaram as roupas deslizarem por seus corpos. O resto da noite se seguiu em um padrão, enquanto era carinhoso e dedicado com Hilda era forte e rude com Annie. Quando amanheceu Caius estava ofegante assim como as duas mulheres ao seu lado.
Ele se levantou da cama e encheu sua taça com mais sangue. Era tudo que elas precisavam para saber que era a hora de partirem, rapidamente pegaram vestiram as camisolas com que estavam.
- Senhor – Hilda chamou a atenção de Caius.
- Sim? – perguntou
- Ainda vai precisar de nós? – ela perguntou
- Não, estou voltando para Berlin amanha. Vocês podem voltar para casa. – as dispensou friamente.
Hilda e Annie assentiram e saíram rapidamente do quarto.
Caius se sentou novamente e ficou girando o copo em sua mão. Não queria voltar para Berlin e ter que aguentar as futilidades de Athenodora. Se casar com ela havia sido um erro. Apesar da boa posição social no Império, a única coisa boa que sua esposa já havia lhe dado havia sido Jane, sua filha. Que por uma benção era muito parecida com ele.
Caius se lembrou de uma época em que tudo era mais fácil e se afogou nas lembranças desejando que o tempo voltasse.

N/a: Olá amores!
Espero que tenham gostado e me desculpem o atraso. Escrevi todo o capítulo no papel e passar para o PC e corrigir demorou um pouco mais do que o esperado.
Para ver as fotos da casa e quarto do Edward cliquem aqui*
 No próximo capítulo vamos continuar de onde paramos com Bella e Edward e viajar um pouco mais pelo Império dos Originais e seus integrantes.
Obrigada a todos que acompanham e mandam reviews *-*
Beijoos


terça-feira, 8 de maio de 2012

LM - Capítulo Dez


- Capítulo Dez -
Something New
Damon POV.
Lara era o ser mais irritante da terra. Fato.
Ela estava enchendo meus ouvidos com a mesma ladainha, só que agora de um jeito mil vezes pior. Ela havia visto o beijo.
- Oh pelos Deuses! Você não pode ser tão cego! – exclamou irritada.
- Eu não sou cego Lara, não é meu problema que você veja coisas onde não existem. – falei já sem nenhuma paciência.
Lara bufou e eu suspirei. Ela era impossível.
- Ok! Vou parar por agora, mas não pense que eu desisti! – falou exaltada. E então como era bem a sua cara ela mudou de assunto. – A que hora nós vamos nos encontrar aqui na praia?
- Bella já está se arrumando então acredito que em no máximo uma hora nós nos encontramos com vocês. – disse.
- Combinado, nós estamos esperando! – então desligou. Ela tinha desligado na minha cara.
Eu bufei. Não podia reclamar, ela havia pego essa mania de mim.
Como já estava pronto desci as escadas e fui esperar a Bella na sala e em menos de cinco minutos ela desceu visivelmente encabulada por causa do shorts curto, da pequena blusa que mostrava uma boa parte de sua barriga e do provável pequeno biquíni que estava embaixo daquelas roupas. 
Segurei um rosnado imaginando a quantidade de atenção masculina que ela ia atrair vestindo aqueles pedaços de pano. Eu definitivamente ia matar Lara.
Fazia dois dias que eu e Bella havíamos “feito as pazes” e no dia seguinte para comemorar eu a levei para comer pizza e a inseri no mundo da tecnologia lhe dando um celular e um MacBook, o que não foi exatamente uma boa idéia já que eu a consegui a deixar excessivamente irritada, mas que depois de meia hora comigo citando vários motivos necessários pelos quais ela devia aceitar os presentes ela acabou aceitando com um olhar conformado.
Lara rapidamente descobriu do celular e ficava trocando mensagens com Bella e a orientando sobre o que vestir nas horas mais inesperadas, e Bella com suspiros irritados acabava aceitando. O que era irritante. O que era maravilhoso.
Era maravilhoso porque Bella estava largando aqueles moletons e calças jeans largas que ofendiam sua beleza, maravilhoso porque ela estava mais vaidosa e tinha começado a se enxergar com clareza, como ela realmente era, era maravilhoso porque apesar disso, ela ainda era a Bella, a prova disso estava nos dois All Stars novos que ela havia comprado ontem.
Era irritante porque os homens em geral não conseguiam tirar os olhos dela. Inclusive eu.
Bufei com isso.
- O que houve? – perguntou.
- Nada. – respondi rapidamente.
Ela só revirou os olhos mostrando que não havia acreditado nem um pouco minha resposta esquiva.
- Vamos? – perguntei
- Sim, já estou pronta – concordou
O caminho até praia estava silencioso, mas não desconfortável. Esses momentos de silencio nunca eram estranhos com ela. Bella tinha sua cabeça encostada no banco do carro aproveitando os raios do sol quente de Los Angeles.
Sabia que Bella apesar de seu tom de pele leitoso adorava o sol, descobri isso logo quando ela chegou em Mystic Falls. Aquela cidade apesar do clima ameno o sol na maioria dos dias estava sempre presente, muito diferente da antiga cidade em que ela morava que tinha um dos maiores índices pluviométricos do país.
Forks.
Mas não importava o quanto ela amasse o sol, seus sonhos desses últimos dias deixavam claro o quanto ela estava com saudades de seu pai e até mesmo daquela cidade em que só se via verde e chuva.
- O que acha de irmos visitar seu pai? – soltei
Bella arregalou os olhos e ficou pensativa por um momento. Podia ver o medo, a incerteza e a saudade duelando dentro dela. Eu me chutei mentalmente. Bella podia estar com saudades mas a intenção de vir para Mystic Falls era justamente para ela se afastar das lembranças que aquela cidade lhe trazia então era claro que ela não ia querer voltar para lá.
- Acho que pode ser uma boa idéia. – respondeu mordendo os lábios incerta e me surpreendendo.
- Nós teríamos que partir ainda hoje, passamos uns três dias por lá e depois voltamos para Mystic Falls -  falei.
- Tudo bem. Eu estou com saudades de Charlie. – concordou abrindo um sorriso que eu retribui de imediato.

(...)
- Não acredito que vocês dois vão embora hoje! – choramingou Lara formando um biquinho e fazendo todos nós sorrirmos.
- Eu quero levar Bella para visitar o pai dela antes de voltarmos para Mystic Falls – expliquei para ela.
- Entendo! Mas agora sei onde você mora Damon Salvatore! Nem pense que vai fugir de mim e passar mais uma década sem dar noticias – disse ameaçadoramente.
- Pode deixar que eu cuido disso, Lara. Vou cuidar para que ele te ligue sempre. – Bella disse sorrindo para ela
- Minhas preces foram ouvidas! Não sabe a quanto tempo eu esperava uma mulher que colocaria Damon na linha – Lara não conseguia esconder sua diversão.
Eu bufei, mas continuei sorrindo.
Bella tirou o shorts e a blusa e esticou em uma cadeira que estava entre mim e Lara aproveitando os raios solares, seus olhos estavam fechados e sua face completamente relaxada, em seus lábios era possível ver um sorriso discreto.  Ela era uma visão que não podia ser ignorada. Desviei o olhar agradecendo por ela estar de olhos fechados seria constrangedor se ela me pegasse a observando desse modo.
Desviei meu olhar que se encontrou imediatamente com os azuis de Lara que me observava com um sorriso malicioso nos lábios e um brilho travesso nos olhos e pela primeira vez em anos eu me senti constrangido.
A tarde passou rápido e quando percebemos já estava na hora de voltarmos para casa e começarmos a arrumar nossas malas. Combinamos com Lara de ela nos encontrar no aeroporto para se despedir.
Bella havia pegado um bronze e sua pele estava dom tom levemente dourado. Agradeci por ela ter se lembrado do protetor solar, não gostaria de pensar no que aconteceria se ela não houvesse passado.
- Acho que vou precisar de mais malas – Bella falou dobrando suas roupas.
- Não se preocupe eu tenho algumas guardadas. Vou busca-las para você.
Fui ao meu quarto e tirei uma mala de viagem bem grande e outra menor. Voltei ao quarto e vi Bella ainda organizando suas roupas e tudo que havia ganhado.
- Ta bom essas? – perguntei
- Estão ótimas. Obrigada Damon – agradeceu
- Por nada
Bella guardava tudo na mala meticulosamente. Guardou os presentes que ela mesma havia comprado na pequena mala onde havia trago suas roupas e também uma pequena bolsinha com artigos pessoais de higiene. A mala era pequena o suficiente para ser usada como mala de mão, só era um pouco mais alta que o usual.
Na maior mala que eu havia dado a ela, Bella colocava as roupas e na menor os calçados.  Mais rápido do que imaginávamos a mala estava pronta.
Bella suspirou.
- Não tenho idéia de aonde eu vou usar tantas roupas. Droga Damon, estou com muita vergonha de ter aceitado tudo isso. – ela choramingou.
- Ei, não precisa ter vergonha! – falei – Veja isso como um favor que você me fez, eu tinha todo esse dinheiro e você me ajudou a gastar um pouquinho dele.
- Muito difícil isso. – ela ironizou e segurei o riso. – Você pode precisar dele um dia, Damon.
- Oh, Bella! Usar com o que? Não vou ao hospital, não compro comida, já tenho casas de sobra, já fiz faculdade, mais de uma devo frisar e não é como se eu tivesse que pagar um seguro de vida. Alem disso se eu tivesse o apetite de um gordo, quisesse comprar uma mansão em cada país do mundo, fosse fazer faculdade em Oxford e visitasse o hospital com a mesma freqüência que você, ainda teria dinheiro para eu fazer isso mais quantas vezes eu quisesse.
- Ok Damon eu entendi. Mas ainda não estou feliz com isso. – resmungou
- Se não está feliz, eu estou. Não sabe como foi divertido ver você tropeçando em seus próprios pés enquanto eu te ensinava a andar de salto.
Bella corou irritada e com uma carinha emburrada fofa me deu um tapa no peito enquanto eu gargalhava.
- Isso não é educado Damon Salvatore! – Bella ralhou, mas podia ver que aquilo também a estava divertindo.
- Oh! – coloquei as mãos no peito fazendo drama – Assim você me ofende senhorita Swan, sou um cavalheiro do sul.
 Peguei sua mão e a beijei delicadamente. Bella corou furiosamente.
- Então se comporte como tal senhor Salvatore. – ela disse encabulada não tirando sua mão da minha.
Seus olhos escuros brilhantes se conectaram com os meus e eu me senti automaticamente aquecido com sensações desconhecidas. O carinho e a confiança contido naquele olhar era tão bom, doce, tentador, era... Bella.
Aquelas sensações quentes e ternas eram todas Bella. Só ela fazia eu me sentir daquele jeito, como se fosse aquele jovem sonhador e aventureiro novamente e ao mesmo tempo o homem que eu sempre quis ser.
O jovem que sonhava com a gloria, que tinha esperança. Que tinha sonhos. E o homem que o jovem sempre quis ser, alguém que havia vencido desafios, superado expectativas. O mais incrível de tudo era que eu não era mais aquele jovem, perecia que eu o havia perdido a muito tempo, e eu também estava muito longe de ser o homem que eu já havia sonhado em ser.
Eu era Damon Salvatore, o vampiro. Mas quando Bella me olhava com seus olhos castanhos que pareciam enxergar minha alma e fazia eu me sentir querido e amado, alguém que merecesse confiança, amor e orgulho como o homem que eu queria ser mereceria, fazia eu me sentir ansioso e com o coração batendo rápido como o jovem que eu fui se sentiria, mas mais do que tudo isso ela fazia parecer que eu não precisava ser nem o homem nem o jovem para ter isso dela. Ela queria o Damon.  Ela se orgulharia, confiaria e me amaria de qualquer modo. Ela amaria o jovem, o homem, o vampiro desalmado. Ela amaria qualquer Damon que eu fui ou que eu me tornasse. Ela amaria a mim por inteiro.
Seus olhos não se desviaram dos meus nem por um instante e eu senti lentamente nossos rostos se encontrando e logo foram nossos lábios, que se tocaram e se abriram ao mesmo tempo em que nossos olhos se fecharam.
Chupei seu lábio inferior antes de adentrar em seus lábios enquanto a sentia adentrar na minha. Nossas línguas se acariciavam lentamente como se estivéssemos conhecendo o desconhecido. Não era apenas um beijo. Nunca um beijo foi tão doce, terno e cheio de confiança. Era sentimentos e emoções conhecidas e desconhecidas. Era intenso. Era uma aceitação.
Aos poucos nós fomos parando, mas não nos separamos. Sentia sua respiração acelerado em meu rosto e seus lábios ainda nos meus. Aos poucos senti nossas respirações se normalizarem, mas não fiz nenhum movimento para me separar dela e ela também não.
- Deus, o que é isso? – ela perguntou sussurrando.
- Eu não sei... – meus olhos ainda estavam fechados e meus lábios ainda estavam nos dela – É tão bom...
- Eu sei – ela murmurou.
Senti seus lábios macios saírem dos meus, mas ela não se afastou, seus braços me envolveram me apertando com força e grudando todo seu corpo ao meu. Bella suspirou encostando sua cabeça em meu peito.
- Eu quero Damon. Eu quero tanto... mas ao mesmo tempo eu sinto tanto medo e também que não estou preparada – senti ela me apertar mais forte – Tenho medo de não estar pronta e perder tudo que nós temos.
Eu suspirei e beijei seus cabelos sentido seu cheiro de morango, lavanda e frésias.
Sabia exatamente o porquê de seu medo. Nós não havíamos superado. Estávamos com medo de começarmos isso e nunca superarmos ferindo um ao outro.
- Vamos devagar, não precisamos ter pressa, não vamos rotular – nos separamos minimamente para nos olharmos – Vamos conhecer nossos limites, conhecer isso que nós temos, deixar acontecer. Se der certo vai ser a melhor coisa que poderia ter me acontecido. Se não der... – olhei para sua face e dei um sorriso divertido – Pelo menos eu vou saber que minha melhor amiga é uma ótima beijadora.
Belle riu e em seguida encostou seus lábios nos meus novamente me dando um beijo lento e profundo.
- Bem senhor Salvatore, agora a ótima beijadora tem que terminar de arrumar as malas – disse brincalhona.
Eu sorri.
- Então arrume as malas rápido senhorita Swan, porque depois eu vou querer mais beijos. – falei.
Bella riu selando seus lábios nos meus e em seguida saindo dos meus braços e voltando a colocar as roupas nas malas.
Eu sai do quarto pegando minha toalha e roupa entrando no banheiro. Eu tomei meu banho e me arrumei. Olhei-me no espelho surpreso, um sorriso bobo e feliz estava estampado em minha face, ele não havia saído de meus lábios desde o momento em que os lábios de Bella saíram dos meus.
~*~
Estava de noite, mas mesmo assim acredito que o ar condicionado do meu carro e agora o do aeroporto que impediam que Bella suasse como uma torneira. Ela já estava vestida para o frio com calça, uma blusa de manga comprida e mais um sobretudo quente. Não questionei sua escolha, havíamos acabado de sair do inverno, mas mesmo assim acredito que a temperatura de Los Angeles ou Virginia, Mystic Falls estavam bem diferentes em relação a Forks. Por isso mesmo que não sentisse frio na mesma intensidade que humanos sentiam e por precisar manter as aparências alem de estar vestido com minha sagrada jaqueta de couro pedi a Bella que colocasse um suéter de inverno preto e com gola alta na mala de mão.
- Lara já chegou? – Bella perguntou logo após desligar o telefone.
Enquanto eu despachava as malas Bella foi fazer uma ligação para Elena para perguntar como ia a viagem e falar da surpresa que estávamos indo fazer para seu pai.
- Não, ela me disse que ia ligar assim que chegasse – respondi – Como está Elena e meu irmãozinho?
Bella revirou os olhos e respondeu:
- Estão bem, mas como poderiam não estar. Estão sozinhos na cidade do amor sem ninguém para atrapalhar – falou sorrindo – Elem mandaram um oi para você.
- Bem, acho que eles estão bem mesmo. Estava esperando um “espero que não esteja fazendo nada estúpido, Damon”, - falei imitando Stefan – é, acho que um oi está ótimo.
Bella riu.
- Ele é seu irmão Damon, se preocupa com você – ela disse suave e eu só revirei os olhos – E também temos que admitir que você não é o mais inteligente as vezes... – Bella paralisou e sua respiração travou, seus olhos estavam fixos em algo e quando seus olhos ficaram molhados e seu rosto ficou pálido eu comecei a ficar seriamente preocupado.
Segui seu olhar e vi que o algo em que estava preso era na verdade um casal a pouquíssimos metros de nós. Eram pálidos a mulher era uma loira alta e com um corpo de curvas esbeltas que humanos normais considerariam de parar um quarteirão, suas feições eram mesmo extremamente belas e seus olhos dourados observavam Bella com evidente surpresa e desdém. Com isso meus sentimentos por ela se tornaram de antipatia imediata. O outro era enorme, parecia uma muralha de músculos, mas ao contrario de seu corpo que parecia ter um alerta de mantenha distancia seu rosto tinha covinhas como os de uma criança e exibiam uma expressão amigável de saudade e carinho.
Eles agora vinham em nossa direção e Bella que antes estava paralisada e inexpressiva havia grudado em mim como se fosse desmoronar a qualquer momento e se segurava em mim como se eu fosse seu alicerce, sua expressão estava cheia de saudade ao mesmo tempo em que ela parecia incerta e temerosa.
Eu olhei para ela preocupado enquanto a segurava firmemente em meus braços. Logo o casal estava a nossa frente e depois de nos analisar rapidamente.
O grandalhão deu um passo a frente abrindo um enorme sorriso fazendo suas covinhas ficarem ainda mais evidenciadas. Percebi Bella segurar um sorriso e seus olhos ficarem molhados.
- E ai Bella? – ele falou com sua voz grave e retumbante.
Os lábios de Bella antes tensos formaram um sorriso doce automaticamente a saudação do grandalhão.
- Emmett – ela murmurou feliz se aproximando um dele.
“Emmett?” Perguntei a mim mesmo. Eu já havia a ouvido mencionar esse nome antes, mas não lembrava quando.
Nesse meio tempo de questionamento o grandalhão, digo Emmett, pegou Bella em um abraço de urso dando uma grande risada em que Bella o acompanhou. Ele logo a botou no chão e Bella virou seu olhar para loira que estava claramente insatisfeita.
- Olá Rosalie – Bella cumprimentou tímida e educadamente.
- Oi – a loira disse bruscamente, me deixando irritado e fazendo com que eu me aproximasse de Bella novamente. Os dois automaticamente viraram seus olhos para mim.
- Oi – o grandalhão disse incerto, mas ainda com um sorriso – Prazer, sou Emmett Cullen.
Me senti ficando tenso e me pareceu que Bella sentiu também porque apertou minha mão levemente para me acalmar como também para pedir que eu me controlasse e pedisse para eu não fazer nada estúpido. Grande novidade. Apertei a dela como resposta pedindo para que ela também ficasse calma.
- Prazer, sou Damon Salvatore – falei calmo, ou pelo menos parecendo calmo.
O grandalhão e a loira olharam para nossas mãos unidas. Emmett pareceu incerto e um pouco chateado e a loira so levantou a sobrancelha como se questionasse algo e logo abriu um pequeno sorriso malicioso ainda com um olhar de desdém. Senti que Bella ficou nervosa e eu já estava achando que ela iria soltar minha mão. Fiquei surpreso quando ela não soltou. Feliz também.
- Viajando? – Emmett perguntou.
- Sim – Bella respondeu um pouco mais leve – Passamos uns seis por aqui agora vamos passar uns dias em Forks antes de voltarmos.
- Voltarmos? – perguntou surpreso
- Ah sim – Bella disse um pouco nervosa, ela havia esquecido que eles não sabiam que ela não estava mais morando em Forks. Eles não estavam lá para saber afinal.
Eles ainda esperavam uma resposta e como Bella mais nervosa eu respondi.
- Sim, para Mystic Falls – eu falei.
O grandalhão virou seus olhos para Bella parecendo estar se sentindo triste e culpado por algo, como se estivesse começando entender os danos que ele e o resto de sua família, principalmente seu irmão haviam causado quando a haviam a abandonado.
- Se mudou de Forks? – perguntou como para que confirmar tudo o que havia entendido.
Bella que agora estava abraçada a mim com toda a força respirou fundo e respondeu.
- Sim
Emmett balançou a cabeça tristemente e a loira arrogante como se sentisse sua tristeza se aproximou do companheiro. Ele olhou para Bella, agora não mais sorrindo.
- Foi bom ver você Bella – falou suavemente.
- Foi bom ver você também, Emmett – ela respondeu dando um pequeno sorriso para ele que automaticamente retribuiu – Você também Rosalie.
A loira somente assentiu pela primeira ver sem aquela expressão superior no rosto.
Nós já havíamos nos virado começando a seguir nossos caminhos quando a voz do grandalhão nos paralisou novamente.
- Eu sinto muito Bella. Sinto muito mesmo – ele falou.
- Emmett – a loira parecia repreendê-lo, parecia tentar fazê-lo parar de falar - Já é o suficiente.
- Você só precisa saber que nós sentimos sua falta. Nós todos sentimos sua falta – ele falou.
Bella se virou minimamente para olhar para ele. Ela conectou seu olhar com o dele e somente acenou que havia entendido. Em seguida olhou para mim rapidamente murmurando que ia ao banheiro.
Eu a olhei até perdê-la de vista em seguida me virei para Emmett e Rosalie que ainda estavam ali olhando na mesma direção que eu estava antes. Eles olharam para mim e franziram a testa. Eu me xinguei mentalmente. Eles eram vampiros e eu também! Agora que Bella não estava mais comigo eles com certeza estavam notando algo de diferente, como por exemplo, o fato de meu sangue não ser nem um pouco apelativo para eles.
- Bem, foi bom conhecer vocês! – falei indo em direção ao banheiro esperar por ela.
- Espere – o grandalhão pediu.
- Sim – eu falei
- Ela está bem? – segurei meu alivio e também a minha raiva.
Minha vontade era dizer: Não, ela não está bem seu imbecil! Vocês a abandonaram. Seu irmão a quebrou por completo e eu não tenho a menor idéia se um dia ela conseguirá juntar seus pedaços.
Imaginei que eles soubessem de algo sobre o que aconteceu e não tudo. Foi por isso que eu decidi somente dizer:
- Ela está vivendo.
Ela esta vivendo, eu pensei, e se depender de mim nada nunca vai a machucar novamente.  



N/A: Hey Babies!
Como vocês puderam ver, eu voltei e agora para ficar!
Fiz uma grande analise de LM e percebi que a história será repartida em duas fases, não por ela ser muito grande, vai ser simplesmente um marco que vai acontecer na história e me pareceu certo a dividir em duas. A primeira fase vai acabar lá pelo capítulo 21 ou 22  sem contar o epilogo da primeira fase. Então se preparem porque muita agua ainda vai rolar.
Espero que tenham gostado do capítulo é nele que podemos ver o inicio do relacionamento dos dois e conforme vocês vão ver, vai ser tudo muito natural.
Sim, sim! Emmett e Rosalie apareceram nesse capítulo. Foi muito difícil escolher qual dos Cullens Bella iria encontrar, mas no fim eu não tive duvidas quanto aos dois.
Espero que tenham gostado amores!
Não se esqueçam dos review!
Próximo Post: 28/05
Beijinhoos

Mandii Blanche – Amanda Ishi




domingo, 29 de abril de 2012

LA - Capítulo Um


Notas do Capitulo: Oi pessoal! Ai esta o primeiro capitulo da fic. Esse é sobre o ponto de vista da Bella.Tenham carinho com essa fic pois ela é o meu bebe.Ela pode ser um pouco complicada de entender, os mistérios dela serão desvendados com o tempo.
No mundo dessa fic alguns fatos que aconteceram na nossa historia nunca aconteceram ou serão modificados, mas o que vocês precisam saber é que os vampiros, não importando se puros ou evoluído sempre dominaram tudo. Mas eu vou explicar um pouco mais lá em baixo.
Até lá embaixo.
Agora aproveitem os capítulos =]
Beijoos ;*
Ate o próximo post.
Beijoos
Amanda Ishi.


Capítulo Um
Bella PDV.
Eu estava perdida.
Não literalmente, eu sabia no lugar onde estava, essa era uma das poucas coisas que eu tinha certeza sobre mim mesma agora.
Por isso eu sempre fui tão diferente, nunca fui uma vampira normal como todos os outros da família, nunca pareci com o meu suposto pai e mãe. Ele havia me roubado porque sabia que eu seria diferente, só por isso. Ele só não contava que as inúmeras vantagens que ele ganharia viriam com um problema que poderia acabar com todo o poder dele.
Sai correndo, eu não tinha muito tempo, tinha que sumir. Ou eu sumia ou eles iriam me matar. As pessoas com que eu havia crescido, meus próprios pais... todos queriam me matar.Nem todos, tia Didyme e tio Marcus gostavam de mim, eu vi isso nos olhos deles.
Eu não sei o que houve. Meu pai me amava, eu tinha certeza disso. Ele tinha se afastado de mim de uns anos para cá, me tratava mais como se eu fosse um item conveniente de ter em casa, mas eu pensava que era o governo que o deixava assim. Eu pensava que ele ainda me amava do mesmo jeito, mas ao que parecia eu estava enganada.
Enquanto meu pai havia se afastado, tio Marcus e tia Didyme sempre me trataram como seu eu fosse realmente a filha deles de sangue, era eles que sempre haviam me ensinado o que era certo e errado, sobre valores e a moral que todos deveriam ter. Eles me amavam e confiavam em mim. Eu ainda me lembrava das palavras que eles disseram enquanto me ajudavam a fugir do castelo pela passagem secreta que todos pensavam não existir, eu a havia descoberto quando tinha me perdido no castelo:
- Você tem poder nas mãos minha querida – disse Dydyme com aquele sorriso maternal que ela sempre me dava – poder o suficiente para mudar tudo que nós acreditamos ser o certo.
- Eu não queria isso – choraminguei – Eu só queria ser normal
- Nós sabemos pequena – disse Marcus com aquela voz cheia de confiança e carinho – Mas a coisas que nós não podemos controlar, coisas que podem não fazer muito sentido agora, mas que irá fazer algum no futuro.
- Mas e enquanto esse futuro não chega? – perguntei com lagrimas nos olhos – Eu não tenho a menor ideia de para onde ir, não sei o que tenho que fazer, o que escolher e tenho certeza que Aro e toda sua guarda vai esperar isso fazer algum sentido para mim.Eles me querem morta – coloquei tudo para fora de uma vez – O que eu faço? – inquiri desesperada
- Primeiro fique calma minha querida – disse meu tio – Você não irá conseguir nada se não raciocinar
Resolvi seguir seu conselho e comecei a respirar fundo tentando acalmar minha respiração. Quando meu tio notou que eu estava mais calma continuou:
- A segunda coisa que eu acho que você tem que fazer é ir atrás de suas origens, com certeza se você souber de onde veio quem são seus pais, e o que ele são, vai ter pelo menos uma ideia do porque você ser a escolhida pela profecia.
- Mas como eu vou descobrir isso? – perguntei receosa - Eu não tenho a mínima ideia de onde eu vim – expliquei sem esperanças
- Isso é fácil meu anjo – disse Didyme – Quando Aro seqüestrou você, seu tio fez questão de saber de que cidade era a maternidade que onde ele a havia pego – explicou ela
- E de que cidade era? – perguntei me sentindo curiosa para saber algo sobre mim que era verdade
- Forks – disse Marcus divertido
- Forks? Acho que eu já ouvi falar nessa cidade... só não lembro o que – disse procurando nas minhas lembranças algo sobre essa cidade que pudesse me ajudar e que explicasse a diversão dos meus tios.
- Querida, Forks é simplesmente uma das únicas cidades neutras que existem – explicou sorrindo levemente
- Oh! – disse nervosa, afinal eu nunca tinha sido levada para uma dessas cidades, mesmo que Aro e os representantes de outras raças sempre se encontravam nelas.
Nessas cidades mesmo sendo os vampiros originais que ainda dominavam, vampiros evoluídos e humanos conviviam em perfeita harmonia. Eles respeitavam as regras de sua própria raça, regras que não só estipulavam limites como também procuravam manter a paz.
Nas cidades “normais” somente os vampiros originais que tinham liberdade para tudo e os vampiros evoluídos não tinham liberdade praticamente para nada e muito menos humanos tinham paz, havia também uma fronteira que delimitava a área que era permitida para eles.Os humanos viviam em qualquer um dos lados.
- Seu único trabalho irá ser chegar lá – disse Dydime – Forks é consideravelmente distante, mas se você pegar os caminhos certos e seguir seus extintos. Acredito que isso não será problema
- Ok! – disse ainda um pouco nervosa – O que eu faço depois?
- Acredito que você deve pensar no que fazer, deve ver quais são sua opções e escolher o que achar certo – disse meu tio com um tom serio
- Mas e seu escolher errado? E se o que eu achar que é o certo não for o certo? – perguntei desesperada – Não sou só eu que vai ter que conviver com minhas escolhas, todos irão aguentar as consequências, eu não to pronta para isso – disse soltando algumas lagrimas que eu estava segurando desde o começo dessa loucura
- É por você achar que não esta pronta, que eu acredito que você esta – disse meu tio com compreensão – Bella, você tem ideia de como é difícil isso que você tem que fazer? Acredito eu que tem, mas nem por isso está se escondendo ou se entregando, você ao contrario do que muita gente faria esta escolhendo enfrentar isso de frente, assim como todas as consequências que isso pode gerar.
“Você é boa Bella, boa de verdade e tem uma sabedoria que é difícil jovens da sua idade terem. Eu confio em você Bella.Não só eu e sua tia mas muitos do que estão aqui e não tem coragem de admitir que Aro esta errado por terem medo de morrer, você é a esperança deles Bella.”
 “Mas seja o que você escolher Bella, mesmo que seja o errado, o que eu duvido muito que aconteça, eu e sua tia sempre irá amar você – disse ele me abraçando e em seguida olhando nos meus olhos – Isso nunca irá mudar.
Em seguida fui abraçada por uma Didyme chorosa.
- Se cuide meu anjo – disse depois de me abraçar e me entregou uma mochila azul relativamente grande – Aqui tem tudo que você precisa, desde dinheiro e cartão de créditos tanto em nossos nomes como também com um nome falso, lembranças, algumas roupas lentes de contatos e outras coisas que você possa precisar.
- Também colocamos a chave de um carro que deixamos no aeroporto de Seattle para você. Sabemos que de Salem ate Seattle tem uma boa distancia mais acreditamos que você pode dar um jeito – disse piscando para mim – Colocamos disfarces porque acreditamos que em pelo menos dois dias você estará com o rosto estampado em todos os jornais.
- Como eu faço para fugir? – perguntei nervosa
- Você nunca viu onde dá essa passagem não é? – perguntou meu tio sorrindo
- Não, nunca pensei que um dia iria ter que fugir. Para mim isso daqui só era um lugar para eu ficar sozinha, e só sabia que isso daqui abria por causa do feixe de luz que atravessava uma brecha da parede de pedra - expliquei calma
 - Quando eu puxar essa parede você vai estar a pouquíssimos quilômetros da fronteira – disse ele – Então você vai correr ate atravessá-la, o território dos evoluído é barrado por montanhas e pelo que eu sei pouquíssima gente passa por lá você vai passar por elas para chegar nas estradas e seguir em direção ao estado de Washington.
- Mas e se um evoluído me ver? – perguntei não por estar duvidando nem um pouco dos planos do meu tio, somente por precaução.
- A chances são praticamente nulas – disse duvidando – Eles não costumam ficar perto dos limites, mas para todo caso você se parece muito pouco com uma vampira original assim como se parece pouquíssimo com uma evoluída, a maioria dos seus traços são características próprias suas. O que eles podem pensar é que você é uma espécie de humana raríssima.
- Ok – disse mais calma – Eu vou indo
Abracei tio Marcus e tia Didyme – talvez pela ultima vez.
- Eu amo vocês – disse a eles quando já estava fora da passagem – Vou sentir saudades
Então comecei a correr, deixando para traz o que eu sempre considerei que era minha casa.
Ainda corria na minha maior velocidade, meus pensamentos estavam longe. Em Forks e no que eu poderia encontrar por lá.
Já estava perto das montanhas, resolvi parar um pouco, já não estava aguentando mais. Essa é uma das coisas que eu tinha de incomum, apesar de eu poder correr em uma velocidade igual a ambas as raças de vampiros, ao contrario deles que nunca cansavam eu tinha um limite. Não conseguia correr por vários dias seguidos como eles, depois de algumas horas eu cansava.
Olhei para frente e vi as montanhas que estavam a poucos metros. Me encostei em uma arvore e respirei fundo.
E já estava convencida de que não iria topar com ninguém quando ouvi uma voz suave como veludo, vindo de algum lugar atrás de mim:
- Algo me diz que você não deveria estar aqui.
Me virei procurando o dono da voz e meus olhos ficaram presos em outro par de olhos. E eu fiquei estupidamente deslumbrada.

 n/a: Oi, amores!
Ai está o primeiro capítulo para vocês, espero que tenham gostado.
O segundo capítulo já está pronto, eu só tenho que passa-lo para o computador. Ainda esse semana irei deixar um spoiler dele aqui no blog.
Próximo Post: 14/05
Beijoos


Amanda  Ishi - Mandii Blanche